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Cumprido 60% do Campeonato Brasileiro chegou a hora de os clubes fazerem as contas para tentar garantir alegrias e evitar tristezas. Faltando 14 rodadas há tempo para quase tudo. Afinal, em uma competição com essa característica, os 42 pontos que estarão em jogo podem mudar muita coisa a começar pela luta do título, atualmente restrita a Fluminense e Atlético-MG. Mas quem pode garantir que eles continuarão com a formidável regularidade que demonstraram até agora?

Ou, por outra, Grêmio e Vasco podem reagir e encostar nos líderes, da mesma forma que se espera melhor performance de Botafogo, São Paulo e Internacional na disputa pelas vagas da Libertadores.

Na parte de baixo o Coritiba conseguiu dar uma respirada com dois triunfos seguidos e jogou a batata quente no colo do destrambelhado Flamengo, que passou a ser o primeiro na porta de entrada do rebaixamento. Bahia e Náutico também realizam campanha de reabilitação, enquanto que o Palmeiras começa a sentir o cheiro de enxofre mais cedo do que se esperava, tanto que acabou demitindo o técnico Felipão ontem. Sport, Figueirense e Atlético-GO debatem-se na bacia das almas penadas.

No embalo obtido com a troca de técnico e a presença de Deivid no ataque – ele já deixou a sua marca no Serra Dourada –, nada melhor do que uma vitória sobre o badalado Santos de Neymar para afastar definitivamente o fantasma do rebaixamento.

Série B

O Paraná terá a oportunidade de reconciliar-se com a vitória logo mais na Vila Capanema, afinal o time tem produzido boas atuações em casa, mas tem fraquejado jogando como visitante. O técnico Ricardinho falou em desatenção, porém o problema pode ser outro: se em casa os jogadores sentem a presença da torcida e procuram a superação, fora se perdem pela inexperiência e falta de calor humano. Não é uma equação simples de ser resolvida.

O Atlético precisa manter o projeto de recuperação mesmo tendo pela frente um concorrente direto. O Goiás é uma equipe bem armada, entretanto deixa alguns espaços que podem ser aproveitados nos contra-ataques em velocidade, ainda mais agora que Marcelo e Henrique acertaram o ponto e começam a desequilibrar na linha de frente.

Gostei da entrevista à Gazeta do Povo (edição de ontem) do técnico Ricardo Drubscky: humilde, inteligente e confiante, em suas observações do momento atleticano. Ele só precisa tomar um pouquinho de cuidado nas entrevistas para o rádio, antes e depois dos jogos, quando descamba para um curioso "lazaronês". Duas pérolas do treinador do Furacão pinçadas recentemente: Após a vitória sobre o Paraná – "O Atlético jogou com três corredores e duas beiradas..."; e antes do jogo com o Joinville, no Caranguejão – "Nós também estamos ‘expectativando’ um bom resultado..."

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