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Alegria de Maurílio na vitória do Paraná sobre o Atlético, em agosto de 1992 | Arquivo/ Gazeta do Povo
Alegria de Maurílio na vitória do Paraná sobre o Atlético, em agosto de 1992| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

Algumas vitórias ficam na memória dos torcedores por quebrarem tabus. No caso dos paranistas, a do dia 16 de agosto de 1992, por 2 a 0, foi uma delas. Após empatar uma vez e perder duas ao enfrentar o Atlético desde a união entre Colorado e Pinheiros, o Paraná conseguiu naquela ocasião, pela primeira vez na sua história, vencer o rival – algo que não ocorre há quatro anos.

Campeão brasileiro da Série B, o Tricolor comandado por Otacílio Gonçalves via jogadores importantes, como Ednélson, Marquinhos Ferreira e Servílio, serem muito criticados. Já o Furacão, do técnico Zequinha, apostava na volta do ponteiro Celso Júnior, no desempenho de Valdir, Tostão, Renaldo e Marco Antônio, além da boa campanha até aquele momento no Estadual, de uma derrota em nove jogos.

Porém, cerca de 13 mil pagantes viram no Pinheirão (um estádio pessimamente arquitetado e precariamente edificado, disse o colunista Carneiro Neto, na época) um Paraná superior desde o começo, marcando a saída de bola. Aos 27/1.º, Ednélson cruzou e Adoílson testou no canto oposto do goleiro Sadi. Já aos 42 da etapa final, Saulo tocou de calcanhar para Maurílio chutar no ângulo esquerdo. Era o fim do tabu.

No final daquele Paranaense, as duas equipes acabaram sendo eliminadas na semifinal, nos pênaltis, para União Bandeirantes e Londrina. Aquele clássico ficou na memória de muitos paranistas, mas ironicamente não na do melhor atleta em campo. "Não lembro, é muito jogo. Mas conseguimos bastante coisa naquela época", resumiu Adoílson, 20 anos depois.

O que acontecia na época

• Impeachment do Collor – No dia do jogo, a Gazeta do Povo mostrava que o presidente garantia que ia ficar no poder, apesar dos pedidos de impeachment. No final de setembro a Câmara aprovou seu afastamento e ele renunciou.

• Música – O álbum Nevermind, do Nirva­­na, chega ao número 1 das paradas da Billboard. Já os Ramones lançam Mondo Bizarro, o 1º de estúdio com o baixista C. Jay Ramone. No Brasil, uma enxurrada de pagode. Os grupos Exaltasamba, Katinguelê, Negritude Júnior e Sem Compromisso lançam seus primeiros discos.

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