A galera teve de se espremer na geral do Pinheirão na noite de quarta-feira, 29 de novembro de 1995. O fato de o primeiro Atletiba do quadrangular final da Série B do Brasileirão daquele ano ser na praça esportiva do Severiano ao contrário, ainda no ápice de seu reinado à frente da FPF, não foi capaz de espantar os torcedores. Os 33.885 presentes no clássico fizeram daquele 1 a 1 o recorde de público até então na disputa.
A partida ficou marcada por dois gols debaixo das pernas dos goleiros. No primeiro, aos 25 da etapa inicial, João Pedro recebeu na lateral direita e fez a bola cruzar toda a intermediária até encontrar Paulo Rink. O atual vereador eleito subiu alto e, ainda no ar, matou bonito no peito e na aterrisagem girou mais do que rápido para cima do zagueiro Gralak, chutando rasteiro debaixo das canetas de Renato.
O empate alviverde também veio de uma jogada de lateral neste caso, cobrança de lateral mesmo. Gralak, que fazia treino específico na academia do Alto da Glória para caprichar no muque na hora de jogar a pelota com as duas mãos para o gramado, disparou o torpedo na direção da área atleticana. Todo mundo subiu para cabecear, mas ela sobrou para o atacante Vilmar marcar de voleio, no melhor estilo Bebeto, por entre as pernas de Ricardo Pinto.
Com o resultado, Atlético e Coritiba seguiram líderes do quadrangular. Mas com o compromisso de quebrar um novo recorde de público no Atletiba seguinte, com mais de 34 mil pessoas no Couto.
O que acontecia na época
Em fevereiro de 1995, os Rolling Stones se apresentaram pela primeira vez no Brasil. Os ingleses chegaram ao Rio com sua estrutura completa de show, no Maracanã. Um aparato jamais visto na América Latina até então.
No dia 15 de setembro de 1995, o Brasil se despedia do humorista Costinha. Conhecido pela participação em pornochanchadas e pela gravação do disco de piadas "Peru de Festa" (foto) nos anos 70, o comediante faleceu de enfisema pulmonar.
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