O mais próximo que o Coritiba esteve da Libertadores neste ano foi aos 20 minutos do segundo tempo da final da Copa do Brasil contra o Vasco, no dia 8 de junho. Na ocasião, o volante Willian marcou o terceiro gol coxa-branca e deixou o Alviverde a apenas uma bola na rede da competição continental. Não deu. Mas o destino proporciona hoje uma nova chance.
Ganhar outra oportunidade de ir ao badalado torneio internacional embora difícil não é um fato inédito. Difícil tem sido confirmar o serviço.
Em 2005, o Fluminense foi vice da Copa do Brasil e um empate na última rodada do Brasileirão o tirou do torneio internacional, por um ponto. No ano seguinte foi com o Vasco, também vice do mata-mata brasileiro, que perdeu na rodada derradeira do Nacional e deixou escapar a vaga.
No caso do Coritiba, esse "acerto de contas" com a Libertadores vem justamente diante do maior rival, em um clássico que pode selar o destino dos dois times, para o bem e para o mal.
Quem mais comemora essa nova oportunidade são os jogadores que estiveram em campo na final contra o time carioca. A decepção que se seguiu após o apito final deixou Willian em prantos sobre o escudo do Alviverde. Resignado na ocasião, prometeu não deixar escapar a vaga via Brasileirão.
"Logo após o jogo, dei uma entrevista dizendo que íamos brigar a todo momento pela Libertadores no Campeonato Brasileiro. Foi muito difícil para nós chegarmos até o G5 e agora vamos lutar com todas as forças para nos manter ali e conseguirmos a vaga", disse o volante.
A cicatriz da decisão da Copa do Brasil ainda arde no plantel coxa-branca e o desejo é o de não deixar a oportunidade ruir novamente. Pela frente, entretanto, já preveem um caminho complicado.
"Almejávamos essa vaga e contra o Vasco não conseguimos. Estamos tendo uma segunda chance, mas sabemos que é um clássico. Temos que nos concentrar e pensar somente nesse jogo", comentou o zagueiro Emerson.
Ao menos seis jogadores que estiveram em campo naquela noite de junho entrarão como titulares na Arena hoje: Jonas, Emerson, Lucas Mendes, Léo Gago, Rafinha e Leonardo. Sem contar Willian e Marcos Aurélio que podem pintar entre os 11 iniciais. Além deles, o técnico Marcelo Oliveira ainda tem vivo aquele dia. Ele, porém, descarta o fator destino e fala apenas em merecimento.
"Não é questão de segunda chance. É questão de um time que construiu uma campanha maravilhosa na Copa do Brasil e por um detalhe ficou fora [da Libertadores]. E construiu uma situação favorável no Brasileirão. Tudo o que fizemos foi muito bom e ficará ainda melhor com a vaga", fechou.
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