Ao que tudo indica, o meia Marlos está destinado a deixar o Coritiba após o dia 24 de maio de 2009, quando termina o seu contrato com o clube. O jogador de 20 anos já é procurado pelos dirigentes do Alviverde há mais de oito meses para acertar a prorrogação do acordo, porém não dá mostras reais de que deseja ficar. O São Paulo é visto como o destino do apoiador após o fim do contrato, e oficialmente nega qualquer interesse no camisa 11. Todavia, os dirigentes parecem conhecer bem o atleta.
"Sei bem que é o Marlos. É um jogador habilidoso, de boa técnica, que dá certos problemas de comportamento por ai, e que precisa amadurecer", disse o superintendente de futebol do São Paulo, Marco Aurélio Cunha, à Gazeta do Povo Online. O dirigente nega categoricamente que Marlos já tenha um pré-contrato assinado com o time, assim como não o vê desembarcando no Morumbi a curto prazo.
"Dizem que um menino de 20 anos é um reforço? Ele é um jogador em formação ainda, assim como vários que temos aqui. Reforço é quem chega para ser titular", despistou o dirigente. Em nenhum momento, porém, ele diz que Marlos não vai atuar no São Paulo.
Outra declaração "indecisa" também deixa Marlos mais longe de ficar no Coxa. O diretor de futebol do Tricolor paulista, João Paulo de Jesus Lopes, "nem nega, nem confirma" qualquer negociação com Marlos. O silêncio dos dirigentes são-paulinos é o mesmo do procurador do meia, Marcel Figer.
"No momento estamos conversando com o Coritiba e preferimos manter o assunto reservado entre as partes. Por enquanto, não existem novidades", comunicou o empresário, por meio da sua assessoria de imprensa. Não fica claro se em pauta está a renovação ou a saída de Marlos do Coritiba. Outro fator preocupante ao Alviverde é a relação histórica entre o Grupo Figer e o São Paulo.
O único a falar abertamente do assunto é o diretor de futebol do Verdão, Homero Halila. E o pessimismo da sua declaração não vem à toa.
"Não tenho a informação de que ele tenha assinado um pré-contrato com o São Paulo. Essa notícia vem sendo ventilada há muito tempo, e nós temos mantido contato com os representantes do jogador. Chegamos a propor triplicar o salário do Marlos, estamos fazendo o máximo, e se ele não ficar, não será por falta de vontade nossa. A Lei Pelé dá direito a ele assinar com outro clube, só nos resta acatar", ponderou.
Esta conclusão de Halila vai de encontro ao que pensa Marco Aurélio Cunha. "Outros times podem fazer o mesmo conosco (tirar jogador ao fim de contrato). É só prestarem a atenção na Lei Pelé, é a que está vigente e não cabe a nós falar se está certo ou errado. Cada equipe tem que cuidar para não permitir que contratos de seus atletas se encerrem desta forma", finalizou o dirigente do São Paulo.
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