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Até parece que os autores das frases mais idiotas produzidas nesta semana e as provocações mais estapafúrdias para o último Atletiba pelo Campeonato Estadual resolveram celebrar uma macabra aliança contra o futebol paranaense. Não precisava. Deveriam ter poupado os sofridos torcedores de ler e ouvir tantas asneiras, pois há algum tempo os times locais não conseguem dar em campo a resposta técnica esperada e nem mesmo o tradicional clássico consegue devolver a alegria aos estádios.

É sabido que o incitamento, e os duelos verbais entre dirigentes, agora também com participações especiais do zagueiro Escudero e do diretor de árbitros da Federação com declarações infelizes e inoportunas, gera violência entre as torcidas, constituindo-se em fator de mau exemplo para a sociedade. Não é de agora a promiscuidade e a tolerância de nossas autoridades policiais com a delinquência nas ruas em dias de Atletiba, sem que os responsáveis sejam exemplarmente punidos, permitindo-lhes reprisar ad nauseam a prática dos mesmos atos jogo após jogo.

O único personagem que se revelou lúcido em suas manifestações foi o meia armador Alex, do Coritiba. Sempre responsável, seguro e equilibrado, o melhor jogador do campeonato, ao lado dos jovens Douglas Coutinho e Hernani, do Atlético, disse tudo o que pensa das finais com bom senso e respeito a todos. Um atleta exemplar que merece os aplausos que recebe.

Quanto ao jogo, basta o Coritiba voltar a praticar o seu melhor futebol, que se não é grande coisa no momento parece suficiente para confirmar o amplo favoritismo recebido a partir do instante em que o Atlético resolveu desprezar a disputa do título estadual escalando uma formação alternativa. O Furacão, por sua vez, pelo brio e o esforço dos jogadores, sensibilizou o público e teve reconhecido o trabalho realizado no curso do returno. À paixão e à fidelidade do torcedor somam-se a sinceridade e a dedicação da maioria absoluta dos profissionais em contraste com o mau comportamento de diversos cartolas do nosso futebol.

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Efabulativo: Dionísio Filho conduzia animadamente o seu programa esportivo – Sangue Bom, na rádio Banda B – quando recebeu mensagem eletrônica, enviada por um torcedor coxa-branca, intrigado com a demora na recuperação do zagueiro Emerson, há muito tempo longe do campo, desfalcando seriamente a equipe.

O velho Dionga repassou a mensagem do preocupado torcedor aos seus milhares de ouvintes: "Quando Emerson se lesionou pela última vez, lembro que a minha esposa ficou grávida da nossa primeira filha. Caro Dionísio, a menina já nasceu, é uma graça, está com a boca cheia de dentes e o nosso zagueirão ainda não voltou aos gramados. Até quando ele vai continuar no departamento médico do Coritiba?".

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