"A partir de agora, vou ter de pedir para que meus alunos escolham entre a torcida organizada ou a academia", diz Fernando Falkenbach, proprietário da Thay Brasil, academia de muay thay. Na segunda-feira, ele assistiu a Polícia Civil entrar em seu estabelecimento para prender Gilson da Silva, primeiro identificado nas imagens de agressão no Couto Pereira.
"O Gilson treinava conosco há uns sete meses. Eu não sabia que ele tinha esse envolvimento com as organizadas", diz Falkenbach. Silva está preso e deve responder por tentativa de homicídio. "Nunca tivemos problemas com brigas no futebol. Dois dos meus atletas recebem apoio financeiro da Os Fanáticos", conta o dono da academia. Ele diz que sempre orienta seus alunos a manterem-se longe de confusão. "Para não denegrir a imagem da escola e da modalidade", justifica.
O lutador de vale-tudo Maurício Shogun também viu o nome de sua academia, a Universidade da Luta (UDL), envolvida nos confrontos após o rebaixamento do Coritiba. "Vi a barbárie das cadeiras do estádio. Quando cheguei em casa, recebi um telefonema e soube que um dos nossos alunos, bolsista, estava lá no campo. Expulsei ele na hora", fala.
O aluno em questão tem o apelido de "Sangue" e ainda não foi intimado pelo Cope para depor. "Três dias antes do jogo, conversei com o cara, pedi para se afastar da organizada, preocupar-se mais com os treinos. Pena que não me ouviu", lembra Shogun. "O MMA é meu trabalho. Ter um aluno envolvido nessa violência é um marco negativo para a profissionalização do esporte", lamenta.
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