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Após ser demitido do Atlético Paranaense por causa da falta de resultados, Antônio Lopes resolveu contar a sua versão sobre os fatos que o levaram a sair do grupo.

Em sua terceira passagem pelo clube, o técnico comandou o Furacão em 16 jogos e teve um aproveitamento de apenas 33,33%. No total, foram três vitórias, sete empates e seis derrotas.

- Ao chegar ao clube, em 13 de junho deste ano, encontrei um ambiente muito difícil. Nosso Furacão havia sido eliminado no Campeonato Estadual e na Copa do Brasil. Pelo que senti (apesar de não ter vivenciado), havia uma esperança muito grande na conquista destas duas competições. A tristeza era muito grande, o aspecto emocional do grupo estava bastante abalado e comecei a trabalhar após uma derrota de 3x0 para a equipe do Goiás e existia também o trauma da Arena da Baixada, pois a equipe sofrera derrotas e eliminações marcantes em nosso reduto.

Série de problemas

- Tivemos a saída (necessária, pois é a realidade econômica de todos os clubes no futebol brasileiro) de atletas como Marcão, Denis Marques e, mais recentemente, Guilherme. Aconteceram problemas sérios de lesões, que nos impossibilitaram de usar jogadores muito importantes por longos períodos como Alex Mineiro, Evandro, Jancarlos e Thiago (que havia feito um belo primeiro tempo contra o Fluminense). Além do sério problema ocorrido com o Alan Bahia. Não foi por falta de tentativa

- Trabalhamos muito dentro do campo e também muito atentos no aspecto emocional dos atletas e na formação do grupo. Fizemos um trabalho muito bacana, em conjunto com o serviço de psicologia do clube, e notamos o reflexo disso em nossos treinamentos. Acho que os torcedores mais observadores conseguiram diagnosticar isto. Como exemplo, posso citar o primeiro gol da equipe, sobre o meu comando, contra o Fluminense, na Arena da Baixada: O Denis Marques fez o gol e somente o Alex Mineiro, muito timidamente, foi comemorar com ele.

A mudança

- Hoje, podemos ver o grupo mais unido, mais vibrante, com mais alegria, mais integrado. O grupo de atletas é muito jovem e há que se ter paciência, pois tenho absoluta certeza de que o grupo está crescendo no momento certo da competição. Não há dúvidas de que os frutos irão aparecer e o time está distante 3 pontos da zona de rebaixamento e apenas 4 da zona de classificação para a Sul-Americana de 2008. Sendo que, muitos times que estão a frente do Atlético, estão em um processo inverso, isto é, decrescendo seus níveis de performance, enquanto o Furacão está nitidamente crescendo o seu nível de atuação. Traumas

- Um fato a se lamentar é o trauma da Arena da Baixada. Em minha primeira passagem, me lembro que perdi dois jogos em casa, um para o Guarani e um para o Internacional.

Em minha segunda passagem, ganhamos 10 jogos e empatamos 2, sem qualquer derrota. E, nesta terceira passagem, apesar de termos tido muitos empates sob o meu comando, não tivemos nenhuma derrota pelo Campeonato Brasileiro. Estava em um processo de formação do grupo e é muito importante a compreensão e paciência.

Jogadores como Ramon, Antonio Carlos, Alessandro, Edno, Marcelo, Claiton, Viáfara chegaram há pouco tempo no clube e ainda estão em fase de adaptação.Agradecimento

- Gostaria de agradecer o apoio irrestrito que tive da direção do clube, colegas de comissão técnica, jogadores, torcedores e, logicamente, estarei na torcida pelo sucesso do clube e de meu sucessor, que se realmente for confirmado o Ney Franco, é um excelente nome, comandante competente e que muito admiro, completa o treinador.

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