Atlético tenta superar jejum e ausências para deixar a ZR

O time cheio de desfalques, sem vencer fora de casa desde a primeira rodada da competição (ou treze jogos), na zona de rebaixamento e contra um adversário forte e brigando por classificação para a Copa Libertadores da América. Cenário completamente desfavorável no confronto com o Internacional, neste sábado (18), às 18h20, que o Atlético pretende superar na base da força de vontade.

É o que restou para o Rubro-Negro e que pode surgir justamente de um problema grave da equipe. Com nove jogadores de fora (sete machucados e dois suspensos), o técnico Geninho acredita que os substitutos saberão fazer do momento extremamente difícil, mais a falta de ritmo de jogo, uma oportunidade para mostrar o seu valor.

A Gazeta do Povo acompanha Internacional x Atlético-PR lance a lance às 18h20

Uma vitória pode tirar o Atlético da zona da degola – considerando os compromissos dos oponentes na briga – e derrubará ainda outro jejum: a última vitória no Beira-Rio foi em 2002 (3 a 2). De lá para cá, foram quatro jogos, um empate e três derrotas.

"Ficamos restritos na formação do time, mas confio naqueles jogadores que terão uma oportunidade, espero que eles possam aproveitar essa chance", afirma o treinador. "Não duvido em nenhum momento da luta que esse grupo pode oferecer. Aliás, podemos ter errado, mas até agora nunca nos faltou empenho".

As novidades serão as presenças do zagueiro Gustavo Lazaretti, do volante Zé Antônio (que será improvisado na ala-direita), do meia Julio dos Santos e do atacante Geílson no time titular. Para se ter uma idéia do tamanho da novidade, o paraguaio Julio dos Santos, que não jogou muito no Nacional, entrou mais vezes em campo que todos os outros três: 13 vezes.

Gustavo rompeu o ligamento cruzado anterior do joelho direito em setembro do ano passado e desde então não mais jogou. Zé Antônio foi afastado do elenco pelo técnico Roberto Fernandes, voltou com Mário Sérgio e assim fez apenas três partidas no Nacional, sempre vindo do banco de reservas. E Geílson foi emprestado ao Sertãozinho-SP, estava treinando em separado e reapareceu frente ao Fluminense, na rodada passada.

"A situação que a gente está vivendo, o único pensamento que nós jogadores temos é tirar o Atlético dessa situação. O clube é maior que todos nós. A cobrança vai ser grande, mas nós temos condições de suportar", diz o volante Zé Antônio, contrato em março por indicação do técnico Ney Franco.

O longo tempo ausente do time, e a volta justamente "na fogueira", não incomodam nem intimidam o jogador. "Pra mim é uma vitória voltar ao time. Passei por momentos difíceis, tive a força da minha mulher, dos meus amigos, é complicado ficar de fora querendo ajudar. E o futebol é assim mesmo, tem altos e baixos, temos que entrar sempre que necessário".