
Tricolor
Paulo Henrique ganha destaque
Dos remanescentes do elenco paranista, os laterais são os que aparecem como destaques no início da temporada. Além de Henrique, o lateral-direito Paulo Henrique está aproveitando as oportunidades e demonstrou ontem que pode ter um papel fundamental no Paraná, já que a característica do jogador de levar o jogo para o meio ganha importância no desenho tático do treinador Roberto Cavalo. "Eu era volante e por isso a facilidade de jogar pelo meio. O professor tem me orientado a evitar um pouco a linha de fundo devido ao ataque ser baixo", explica o jogador.
O empate no clássico deixou Paulo Henrique animado para as próximas partidas. Para ele, é como se o campeonato tivesse começado ontem, com o entrosamento surgindo aos poucos. "Conseguimos mostrar as qualidades do time. Fizemos um bom jogo e espero não deixarmos cair o ritmo. Agora é manter um bom nível e ir a Apucarana buscar os três pontos." (GR)
Alviverde
Rafinha cai na própria armadilha
Um dos principais jogadores do Coritiba, Rafinha quase complicou o time ontem na Vila Capanema. Depois da expulsão de Jéci, o meia passou a nitidamente provocar os rivais, na esperança de "cavar" a exclusão de um paranista. Exagerou na dose e, mostrando destempero, acabou ele mesmo recebendo o vermelho. Com dois a menos, o Alviverde corria o risco de apenas se defender o que não ocorreu devido à expulsão, em seguida, de Méndez, do Paraná.
Ainda no gramado, o goleiro Édson Bastos comentou que o Coritiba não pode repetir novas expulsões. "Temos de passar pelas dificuldades e manter a tranquilidade. Se a gente quiser ser campeão, não pode terminar o jogo com dois a menos", reclamou o arqueiro.
Mesmo não querendo entrar em polêmica, o técnico Marcelo Oliveira também criticou a atitude de Rafinha. "As expulsões mudaram o rumo do jogo e naturalmente com dois a menos faz diferença.
A gente vai ter que analisar internamente [a expulsão do Rafinha]", disse. (GR)
Três expulsões, cinco cartões amarelos, quatro aparições dos maqueiros no gramado da Vila Capanema, um início de confusão e até Heber Roberto Lopes foi ao chão uma, quase duas vezes. O confronto entre Paraná e Coritiba acabou empatado por 1 a 1, mas não foi marcado pelos gols e sim por confusões, jogadas fortes, violentas e ríspidas discussões com dedos em riste, olho no olho, nariz com nariz.
A chuva que começou ainda na execução dos hinos estadual e nacional acabou sendo pano de fundo do confronto, mas foi a vontade exagerada, aliada à arbitragem "solta" de Heber que delinearam um clássico de faiscar. Consequentemente, as expulsões contribuíram para o resultado final de uma partida que foi do Coritiba, passou para o lado tricolor, mas acabou mesmo em igualdade. E agradou aos dois lados.
"Antes da expulsão, perdemos dois pontos. Mas pelas circunstâncias da partida... É como dissemos, o importante é que somos líderes", afirmou o volante Willian, que atuou no lugar de Leandro Donizete, machucado no rachão da véspera do clássico. "Saímos atrás, fomos aguerridos. O resultado não é ruim. Não podemos menosprezar o empate", opinou o atacante Paulo Matos, que entrou no intervalo.
Se o placar entre o líder e o lanterna pouco mudou o cenário da competição ambos continuam na mesma situação em que começaram o confronto dentro de campo tudo apontava para outro resultado. Um vencedor, seja de qual lado fosse.
Quando as duas equipes estavam completas, o Coritiba dominou, fez o gol com Eltinho (aos 29/1.º) e teve oportunidades de ampliar. A partir da expulsão de Jéci, pelo segundo amarelo, ainda no primeiro tempo, o Paraná cresceu. Com um homem a mais, empatou com Tito (21/2.º) e poderia ter virado depois de Rafinha também ser expulso por uma cotovelada em Tai. Mas Javier Méndez diminuiu as dificuldades do Coxa, que no fim quase marcou com Bill a bola triscou a trave. As expulsões foram corretas.
"Se o Javier não é expulso, não digo que iríamos ganhar, mas criaríamos mais situações perigosas. Eu ainda briguei com ele, ele teria de ser até preso do jeito que chegou", afirmou o treinador do Paraná. "Sem as expulsões, o jogo seria naturalmente diferente. Tínhamos o total controle da partida, chegando quatro, cinco vezes em condições de marcar o gol", analisou o comandante alviverde.
O próximo confronto do Paraná será em Apucarana, onde enfrentará o Roma, na quarta-feira. O Coritiba joga contra o Cascavel, quinta, no Couto Pereira. Novamente, em situações completamente opostas.
"Somos a equipe a ser batida. E temos de manter a tranquilidade", projeta o goleiro coxa, Édson Bastos. "Estamos evoluindo. Qualidade sabemos que temos. Mas a equipe foi montada agora e somos jovens. Tenho certeza de que ainda vamos dar muita alegria ao torcedor", profetizou o lateral-direito tricolor, Paulo Henrique.
O minério brasileiro que atraiu investimentos dos chineses e de Elon Musk
Desmonte da Lava Jato no STF favorece anulação de denúncia contra Bolsonaro
Fugiu da aula? Ao contrário do que disse Moraes, Brasil não foi colônia até 1822
Sem tempo e sem popularidade, governo Lula foca em ações visando as eleições de 2026