A seleção brasileira de vôlei venceu a Republica Dominicana por 3 sets a 0 (parciais 25/19, 25/18 e 25/23) na noite de quarta-feira (19) e está na final dos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara. Será a primeira disputa de ouro do Brasil em esportes coletivos na competição.
A decisão também é a chance descontar a prata do Pan do Rio, em 2007. Na partida decisiva, o Brasil enfrenta Cuba, que há quatro anos tirou o ouro das anfitriãs. A final será às 23 horas desta quinta-feira(20).
O técnico José Roberto Guimarães, ao fim do confronto com as dominicanas, não quis nem falar da final. "Nem consigo pensar em Cuba. Estou p... da vida com esse terceiro set. A atitude [da equipe] não é legal. Achou que estava ganho, desconcentrado. Eu estou chateado, não consigo nem pensar em Cuba porque estou louca para entrar no vestiário e dar uma bronca bem grande", desabafou o treinador.
No reencontro com a República Dominicana os dois times haviam se encontrado na estreia da competição, com vitória brasileira (3 a 1) -, o que começou parecendo uma vitória fácil, complicou-se no terceiro set. "Começamos bem, sacando bem, mas elas vieram com tudo. No terceiro set mais ainda. Era tudo ou nada para elas", declarou a líbero Fabi.
A líbero destacou o gosto em jogar contra Cuba em mais uma final, o principal clássico do voleibol feminino nas Américas. "Tem vários ingredientes, como o histórico de rivalidades, a medalha do Pan que perdemos. Tem jogadoras desse grupo que é o único título que falta na carreira", afirmou.
A paranaense Mari está nesta lista. Em quadra na derrota de 2007, diz que não pensa em revanche e em qual é a adversária. "Quero ganhar todos os jogos, sempre", disse a atleta, que também destacou a importância de jogos difíceis, como o desta final, para a preparação para o Cmpeonato Mundial no mês que vem, que vale vaga olímpica. "É muito mais produtivo do que uma série de treinos", destacou.
O primeiro set começou com as brasileiras melhores, mas as adversárias logo equilibraram a partida. Só que as dominicanas abusaram dos erros de saque, as brasileiras mantiveram-se sempre a frente no placar com bons ataques de Mari e as defesas de Fabi e fecharam o set com um bloqueio triplo em 25 a 19.
Na etapa seguinte, o Brasil logo abriu seis pontos de vantagem, mas as adversárias reagiram e, o que pareceria um set mais fácil que o anterior complicou-se pelas boas bolas da dominicana Rivera. Mas, com Paula Pequeno e Sheila se destacando, o Brasil ampliou a vantagem e, em um ataque de meio de Tandara, as brasileiras fecharam o segundo set em 25/18.
As dominicanas ameaçaram reagir. Quando abriram quatro pontos de vantagem, em 6 a 2, Zé Roberto pediu tempo para tentar reorganizar a equipe em quadra. Mas a bronca levou ainda algum tempo para surtir efeito. No bloqueio de Thaisa, o Brasil encostou, mas as dominicanas tornaram-se implacáveis às pancadas de Tandara, Mari e Fernanda Garay.
Na outra partida da semifinal, as cubanas bateram os Estados Unidos por 3 sets a 1 (25/17, 25/16, 25/27 e 25/21).
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