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Bruno Senna está determinado a entrar na Fórmula 1 diretamente como piloto oficial e admite que a Toro Rosso e a Honda são suas "opções mais reais" para a temporada de 2009.

O sobrinho do tricampeão mundial Ayrton Senna admitiu que suas chances de estar na Fórmula 1 no ano que vem são boas, seja como piloto oficial ou de testes.

"Estou fazendo de tudo para convencer que sou a melhor opção para eles. As possibilidades são boas e a competição que estou enfrentando em alguns casos não é tão grande assim", disse ele em entrevista à Reuters.

"Como piloto oficial são essas as duas opções mais reais (Toro Rosso e Honda), mas existem as opções para pilotos de testes também e tem que ver que tipo de contrato eles querem assinar", completou ele, explicando que as opções para ser piloto de testes vão além dessas duas equipes. Se isso acontecer, ele deve disputar a GP2, categoria de acesso, por mais um ano, provavelmente com a mesma equipe com a qual foi vice em 2008, a iSport.

Na Toro Rosso ele conta com uma mãozinha do co-proprietário Gerhard Berger, amigo da família e companheiro de Ayrton Senna na McLaren na década de 1990, que age como uma espécie de conselheiro para Bruno.

"Berger tem obviamente o ponto de vista dele, porque a gente está negociando com ele para a Toro Rosso no ano que vem se for o caso. Ele age como um conselheiro, mas nesse momento ele tem um pouco mais do interesse dele na história", contou.

Bruno admite a falta de experiência -- começou a correr competitivamente apenas no segundo semestre de 2004 -- mas acredita que um período como piloto de testes não lhe fará falta.

"Hoje em dia o piloto de testes não faz quase nada infelizmente, quem faz todos os testes são os oficiais, então passar um tempo como piloto de testes às vezes não tem valor nenhum", disse ele, afirmando que os testes de inverno e a pré-temporada lhe garantiriam milhagem suficiente no caso de garantir uma vaga.

Maturidade, o piloto de 24 anos garante que não lhe falta, resultado de uma temporada de altos e baixos na GP2, com vários abandonos.

"Acho que passei por todo tipo de dificuldades que uma pessoa poderia passar num ano, e isso fez meu caráter ficar um pouco mais forte com certeza", avaliou. "Voltar depois de cada uma dessas coisas é bastante difícil e tive que ter o caráter forte".

Pressão

Bruno se cercou da família em sua carreira. A mãe, Viviane Senna, age como empresária principalmente na busca por patrocinadores, e a irmã Bianca, de 29 anos, é a sua empresária.

"A família é especial porque sempre tive a regalia de tê-la trabalhando para mim. Desde 2005 estou com a Bianca (como empresária), a gente mora junto em Londres e é fantástico poder estar com a minha mãe e com ela", disse.

O sobrenome, entretanto, lhe garante uma boa carga de pressão. "É a questão de pressão, demanda, expectativa. Nunca ajudou nesse sentido porque sempre comparavam com o Ayrton, o que não é exatamente justo considerando que acabei de começar a correr. Mas no fim das contas não tem justiça nesse meio".

"Mas com certeza ele (sobrenome) ajuda mais, as pessoas estão sempre de olho e abre os olhos do pessoal da F1 de uma forma diferente."

Bruno garante, no entanto, que nada disso o assusta. "Se você chega à F1, é porque você é rápido o suficiente para ter resultados. Mas às vezes não é maduro o suficiente para ter resultados. No fim das contas, tudo depende da cabeça, e tenho uma boa formação nesse sentido."

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