Caminho tortuoso

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Recém-indicado secretário da Co­­pa do Mundo no Paraná, pelo go­­vernador eleito, Beto Richa, o ve­­rea­­dor Mario Celso Cunha (PSB) começa a encarar os desafios da caminhada para receber o maior evento de futebol. E serão inúmeros até 2014.

Tudo começa pelo processo de conclusão da Arena da Baixada, passa por melhorias consideráveis no Aeroporto Afonso Pena, até alcançar o objetivo de fazer do Mundial uma realização não apenas de Curitiba, mas de todo o es­­tado.

Até pouco tempo o maior problema da sede paranaense, o término do estádio do Atlético – palco escolhido para o Mundial – agora está bem encaminhado, segundo o político rubro-negro. "A questão foi resolvida. Acabou essa história. A construção será feita", afirma. O acordo do poder público com o clube prevê o financiamento, via Fundo de Desenvolvimento Econômico (FDE), de R$ 90 mi­­lhões para a obra.

Segundo ele, para que as obras se iniciem, basta que o Furacão conclua o projeto executivo e publique o edital de licitação. Já há construtoras interessadas em fechar o Joaquim Américo. "Acre­­dito que até maio, junho, tudo comece. A engenharia financeira que viabilizou o processo é atraente. Mas tudo depende do edital".

Dos desafios pelo caminho, ele não tem dúvidas do mais complicado. "Nosso calcanhar de Aquiles é o aeroporto. Um problema não apenas nosso, mas do Brasil, da Anac [Agência Nacional de Avia­­ção Civil], que se perdeu na fiscalização. O aeroporto de São José dos Pinhais [Afonso Pena] já é deficitário para a demanda atual".

Segundo o secretário, no mo­­mento há disponível R$ 100 mi­­lhões para as benfeitorias. Pouco diante das necessidades. "Só para a construção da terceira pista, com o equipamento para que o aeroporto opere com nevoeiros, é preciso R$ 320 milhões. Vamos ter de buscar bons projetos e trabalhar com os ministros da área para conseguir isso".

Outro objetivo de Cunha é realizar uma Copa do Mundo paranaense. "Antes, como vereador, eu tinha o foco voltado para Curi­­tiba. Agora, depois do convite, passei a pensar mais no legado que o evento pode deixar para o estado. Temos mais de 70 polos turísticos no Pa­­raná. Vamos tentar aproveitar o má­­ximo possível. A Copa é do es­­tado", diz.

Atleticano notório – é conselheiro do clube –, o vereador faz questão também de rechaçar qualquer influência dessa paixão rubro-negra no trabalho como secretário. "Eu vejo isso como uma solução. Es­­tan­­do próximo do Atlético, po­­derei acompanhar melhor. Mas penso em todos. Pode­­re­­mos ter a utilização dos centros de treinamento do Coritiba, do Paraná, do Corinthians Para­­naense, do Trieste..."