Coritiba x Operário
Curitiba, 18h30
Coritiba: Édson Bastos; Jonas, Perereira, Emerson e Eltinho; Marcos Paulo, Léo Gago, Rafinha, Davi e Marcos Aurélio; Bill. Técnico: Marcelo Oliveira.
Operário: Ivan; Lisa, Vinícius, João Paulo e Gilson; Edson Grilo, Serginho Paulista, Cambará e Ceará; Ícaro e Mateus (Dhiego). Técnico: Amilton Oliveira.
Estádio: Couto Pereira. Árbitro: Heber Roberto Lopes. Auxs.: Roberto Braatz e Bruno Boschilia.
Visita incômoda
Embalado pela boa campanha no primeiro turno do Estadual (segundo lugar, com 22 pontos), o Operário enfrenta o Coritiba com o retrospecto de ainda não ter perdido em jogos como visitante. Foram 16 pontos conquistados, em cinco vitórias e um empate longe do Germando Krüger. "Temos de continuar nessa pegada, manter a união, o grupo focado para que possamos atingir nossos objetivos: uma das vagas na Série D, na Copa do Brasil, e se possível até mesmo na final do Paranaense", disse o lateral Lisa ao site Operario.com.
À primeira vista, o cenário que será visto hoje, a partir das 18h30, no Couto Pereira, seria propício para um relaxamento natural do Coritiba, campeão invicto do primeiro turno do Campeonato Paranaense. Porém, mesmo já garantido em uma possível decisão, sem qualquer tipo de pressão e de bem com a torcida, o domingo de carnaval abertura do returno do Estadual contra o Operário não será de folia para os alviverdes. A promessa é de manter o ritmo para tentar levantar a taça estadual sem necessidade de uma decisão.
O velho discurso de que todo jogo é uma final está afinado entre jogadores e comissão técnica. E ganha ainda mais importância quando os coxa-brancas olham para a tabela zerada antes do jogo.
O segredo é só pensar no futuro. "Ele [Marcelo Oliveira, técnico] falava muito sobre todos os jogos serem decisivos. Agora são mais 11. E a gente está com isso na cabeça", atestou o volante Marcos Paulo, titular pela segunda partida seguida, a primeira no time principal na anterior, contra o Cianorte, quando o título do turno já estava assegurado, os principais jogadores foram poupados. O jovem de 21 anos ganhou a vaga do contundido Leandro Donizete.
Para que o nível de desempenho não diminua e o Alviverde continue no trilho certo, a cobrança será intensa. Segundo Oliveira, não só nos jogos. Diariamente. "É como alimentar uma planta, um filho. O futebol é muito dinâmico e uma desmobilização às vezes acarreta em derrota. Somos avaliados a cada jogo. Temos de cobrar muita atenção e concentração", declarou ele, que espera repetir, ou até melhorar, a campanha que já garantiu o Coxa na final.
A experiência é outro trunfo para que não aconteça um desvio de rota. Para o zagueiro Pereira, o grupo é maduro e sabe o que precisa fazer para chegar a seu objetivo. "Estamos longe da perfeição, mas queremos melhorar a cada dia. Minimizar os erros, aproveitar o que vem dando certo", disse o capitão. "Não adianta vencermos o primeiro turno se não começarmos bem agora. [O trabalho] Não vai valer de nada. Queremos eliminar o Paranaense o quanto antes para termos mais tempo de treino para o Brasileiro", adicionou.
Se mantiver o ritmo no returno, o Coritiba já imagina decidir o campeonato a seu favor em outro feriado: o domingo de Páscoa (24 de abril), quando encara o Atlético na Baixada. A data lembra o histórico 5 a 1 que acarretou em uma revolução no Rubro-Negro, na Páscoa de 1995. "Até o jogo do Atlético tem muita coisa pela frente. Seria bom ganhar deles lá, mas é um passo de cada vez", fechou Marcos Paulo.
Ao vivo
Coritiba x Operário, às 18h30, na Rádio 98 (FM 98,9) e no tempo real da Gazeta do Povo.