Nova atualização nos valores financeiros da Arena da Baixada. De R$184,6 milhões a obra passará para R$ 209 milhões. Os valores foram comunicados pelos interessados ao governo estadual e à prefeitura municipal, que, ao que tudo indica, não terão responsabilidade em injetar mais dinheiro na Arena.
Pelas informações colhidas pelo colunista, o Atlético deve arcar com os excessos financeiros. Tudo por causa de obras fora do caderno de obrigações imposto pela Fifa e incluídas no projeto pelos gestores do Rubro-Negro. Espero que não faltem recursos financeiros ao clube para levar o plano de concluir a obra até o final, o que seria lamentável.
Hoje, 28 de março, deveríamos estar vivendo o segundo dia de festejos da nova Arena de acordo com reiteradas promessas do presidente atleticano. Todos os prazos estabelecidos foram tragados pelo tempo, causando mais prejuízos financeiros à instituição.
Alguns atleticanos já admitem que foi uma insanidade derrubar um estádio pronto, moderno e totalmente satisfatório para anos futuros. A ambição sem limites tem seus ônus, especialmente quando projetos e orçamentos financeiros não são obedecidos.
Tão sério quanto o que falta de dinheiro para agilizar os trabalhos é o que o Atlético deixa de faturar por falta de estádio para jogar com grandes plateias. Vive os dias atuais pelos favores de Joel Malucelli, torcedor de coração do Coritiba e presidente de honra do Jotinha.
Como se esses problemas já não fossem de atormentar a cabeça de qualquer ser normal, vem aí o Campeonato Brasileiro. Os adversários serão outros e mais qualificados. O Rubro-Negro não sabe, ainda, os estádios em que vai jogar.
A situação no clube da Baixada é tão efervescente que um ídolo da história do clube como Paulo Rink foi impedido de entrar na Arena em construção para ser entrevistado pela RPCTV. O inusitado aconteceu ontem, o que deixou possesso o artilheiro da vida recente do Atlético. O legado da Copa está sendo arquivado.
Legado do Pan
Além de tantas instalações dos últimos Jogos Pan-Americanos abandonadas, agora cogitou-se até a demolição do Estádio Olímpico. Interditado já está. Custou perto de R$ 400 milhões e só foi utilizado porque o Botafogo, "sem teto", aceitou a oferta e passou a usar o popular Engenhão. Com o dinheiro gasto pelos cofres públicos poderiam ter sido feitas 40 mil residências para as vítimas das constantes enchentes e desmoronamentos no estado do Rio. Isso é o Brasil dos levianos.
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