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Para comemorar o aniversário do primeiro centenário do Coritiba, nada mais importante e saboroso do que derrotar o rival histórico, o Atlético. Estava faltando um evento da grandiosidade do Atletiba. Estádio lotado, duas torcidas maravilhosas e os hinos do Paraná e do Brasil interpretados de forma to­­cante, com o respeito das duas torcidas.

A vitória do Coxa foi positiva para o futebol paranaense. Foi justa porque o time do Alto do Glória sempre esteve melhor. Foi empolgante pelas variações do placar. E mostrou o resultado mais adequado ao time que jogou constantemente para vencer. Ney Franco foi corajoso e colocou o time à frente, ignorando a hipótese de perder. Foi premiado com o resultado final.

Espero que o torcedor atleticano não estranhe o colunista considerar a vitória coxa boa para o futebol estadual. O raciocínio é simples. Como sou paranaense acima de qualquer outro sentimento, quero o Paraná representado com toda força na Série A. Já chega o Paraná na Segunda Divisão.

O resultado de 3 a 2 para o Co­­­ritiba afastou o Alviverde da zona do rebaixamento, o que é a constatação de uma nova realidade. Não importa que esteja atrás do Atlé­­tico – com méritos do Rubro-Negro porque pontuou mais até agora.

O Coritiba ganhou porque jogou mais do começo ao fim. Tomou o primeiro gol em lance infeliz do argentino Ariel, que marcou contra. Mas o destino reserva decisões justas e, dois minutos depois, Marcelinho Paraíba cruza da esquerda, a zaga não corta e Ariel faz o gol de empate. Ainda no primeiro tempo, Ângelo cobrou falta e a bola explodiu no travessão.

O segundo tempo começou melhor para os coritibanos e ficou melhor ainda com a justa expulsão do lateral-esquerdo Alex Sandro, aos 15 minutos. O Coritiba cresceu e desempatou com Jéci ao chutrar de primeira depois da tentativa frustrada de Jaílton.

Discordo dos que dizem que o jogo é decidido por detalhes. Não, o jogo é decidido por qualidades e defeitos. Pois Paulo Baier, em passe primoroso, descobriu Marcinho no ponto futuro, que balançou as redes. Até parecia que o clássico terminaria empatado, o que não seria justo. Aos 47 minutos, falta para o Coritiba na extrema direita. Todos os jogadores se colocam na pequena área do Atlético, menos Marcelinho Paraíba e Marcos Au­­rélio. Jogada cerebral. Marcelinho bate e engana a marcação ao recuar com toque sutil para a finalização de Marcos Aurélio, que acertou com precisão milimétrica e fez o gol da vitória.

Foi a verdadeira festa do primeiro centenário do Coritiba. Vitória justa, comemorada com entusiasmo por mais de 30 mil torcedores do Alviverde no Couto Pereira.

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