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Mais uma trapalhada ofusca o início de um novo Campeonato Pa­­ranaense. Quando Onai­­reves Moura foi expurgado da presidência da Federação e uma no­­va diretoria foi legitimada por massacrante vitória eleitoral imaginei que finalmente estávamos alcançando a etapa de recuperação mo­­ral, técnica e administrativa. Pe­­na, mas tudo está do mesmo jeito.

Mudou o grupo humano, mas moscas, mosquitos e bactérias no­­civas continuam vagando pelas salas infectadas por tantos descalabros que se repetem.

Se já não fosse uma vergonha nacional o supermando consagrado no regulamento do campeonato estadual agora temos uma nova confusão envolvendo o Arapongas e uma tal de Associação de Futebol não sei do quê. Sei, sim, que se trata de uma grande pilantragem de tantas que acontecem no futebol do Brasil. Não merecemos o que está acontecendo. Essa tal de AFA, sediada precariamente em Foz do Iguaçu, não apareceu para jogar contra o Roma. No jogo subsequente colocou em campo vários jogadores em condição jurídica irregular. Não foi equívoco e nem descuido. Foi pura safadeza co­­mandada por gente sem caráter e apego nenhum aos bons princípios que devem reger o esporte.

Faltam poucas horas para a largada do certame estadual e o caso criado pela indecente AFA está entregue ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva. O Operário de Ponta Grossa, que já ofereceu formidável contribuição ao futebol paranaense, está no meio da ba­­gunça sem ter culpa de nada. Mas, dependendo do andar das tratativas judiciais, pode perder o lugar que conquistou no campo de jogo.

Baixo conceito

Quando reclamamos que não so­­mos tratados com respeito pela CBF, STJD e outras instâncias es­­portivas, reclamamos sem ne­­nhuma razão. Que tratamento po­­demos esperar se nem sequer fazemos o mínimo para merecer atenção especial? No futebol do Paraná só são gerados problemas causados pela desorganização e pela negligência de dirigentes relapsos.

Falta autoridade moral a muitos dos diretores de clubes, verdadeiros muambeiros.

É preciso sanear o futebol do Paraná, eliminar os anões morais que tanto descrédito disseminam. Uma vergonha sem limites.

Quem não se faz respeitar não pode receber outro tratamento. O desprezo e o deboche tomam conta das atitudes de jornalistas e dirigentes dos escalões superiores do futebol do Brasil.

Morte pela paz

Uma das poucas personalidades pa­­ranaenses de projeção nacional foi morta pela natureza no Haiti. O soterramento de Zilda Arns roubou de todos uma parcela do amor às crianças, aos enfermos e pobres desvalidos da humanidade. Zilda morreu como sempre viveu, procurando semear o bem. Uma perda para os órfãos de mãos que afagam o corpo e aquecem corações.

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