Chegou a hora da verdade final. Será mesmo a verdade definitiva? Por algum tempo, escudado em falsos ideais e amor duvidoso ao Atlético, Petraglia passou à torcida rubro-negra a ideia de que ele, e só ele, fez o futuro dos guerreiros da Baixada. O culto ao personalismo e o narcisismo diante do espelho levaram o ex-dirigente a se imaginar único e insubstituível na história do clube.

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Logo tratou de afastar os antigos companheiros e cercou-se de vassalos dispostos a dividir os dividendos gerados pelo clube. Apagou do es­­tádio o nome de Joaquim Amé­­rico, doador do terreno. Ex­­cluiu da fotografia oficial de campeão brasileiro de 2001 o presidente do histórico título, Marcos Coe­­lho. Eliminou do clube personalidades importantes, tudo para reinar absoluto, com roupa de ditador. Tentou, mas não conseguiu, silenciar vozes independentes, agredindo a liberdade de imprensa.

As denúncias de Malucelli

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Foi assim com a Timemania, ban­­cada pela Caixa Econômica Federal. O dinheiro se diluiu no caminho e a parte menor teve o destino dos cofres alteticanos. Sobrou para muita gente e faltou para atender aos débitos atleticanos. De forma lamentável mais de vinte jogadores passaram a ter como procuradores funcionários de confiança de Petraglia. Todos deixaram o clube quando o comandante supremo do grupo foi defenestrado pela nova di­­re­­toria em consequência das investigações que apontaram que não é possível mascarar a ver­­dade o tempo todo.

Foi Petraglia o instituidor da presença do ou da CAPA na vida do Atlético, uma empresa que passou a ter 30% dos direitos econômicos dos jogadores representados. Uma traição ao Atlético, o que pode justificar os mais de 100 jogadores que o clube registrou na CBF. A família de Petraglia também foi premiada pela partilha dos ne­­gócios gerados pelo clube. Venda de cadeiras, comissões polpudas da Timemania e locação de espaços pa­­­­ra placas de propaganda. A última novidade foi a intermediação da venda de Alex Sandro e uma comissão de 200 mil euros. Esses fatos são agora de conhecimento público graças à transparência imprimida pela nova direção do Atlético.

Exemplo sujo

Lider em São Paulo e com projeção nacional, Adhemar de Barros foi muito conhecido pelo slogan "rouba, mas faz".

Melhor, ético, patriótico e moralizador seria fazer, construir e não roubar. Realizar obras para abastecer uma gorda fonte de benefícios pessoais é crime. Adhemar morreu e deixou suas lições de malfeitor.

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Exemplo de vida

Do poema de Francisco Otaviano, extraído do boletim trimestral do Escritório René Dotti:

"Quem não sentiu o frio da desgraça,/ quem passou pela vida e não sofreu,/ foi espectro de homem,/ não foi homem./ Só passou pela vida, não viveu".