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O Atlético suportou e superou a etapa menos difícil da Copa do Brasil. Hoje tem um teste mais forte, ao enfrentar o Palmeiras em São Paulo. Não que os paulistas sejam imbatíveis, mas, com certeza, atuando em casa e desesperadamente atrás de recuperação técnica (perdeu por fragilidade o Cam­­peonato Brasileiro passado e não se classificou para as disputas fi­­nais do Campeonato Paulista deste ano) deve fazer tudo para continuar na Copa do Brasil e tentar alcançar a Libertadores.

O objetivo do Atlético é o mesmo, com uma diferença: pode ser campeão estadual se superar o Coritiba, o que reduziria a forte pressão exercida pela torcida. Um agente complicador para o Rubro-Negro é precisamente o clássico estadual do próximo domingo. Inevitável jogar contra o Palmeiras pensando no Atletiba. O desgaste físico e possíveis lesões estarão compondo o lado emocional dos paranaenses. Dificuldades que o adversário de hoje não vai enfrentar. Só vai pensar em derrotar o Atlético. Com a desclassificação rápida do Coritiba e Paraná, o time da Baixada passa a ser uma esperança concreta de conquistar mais espaço nacional. Pesa a favor dos atleticanos o fato de pertencer à Primeira Divisão do Brasileiro, merecedor, claro, de maior respeito dos palmeirenses.

Os times são quase iguais. Nenhum dos dois em fase inspirada, faltando melhores recursos humanos para ambos. Logo, se o Atlético buscar a superação física tem condições de vencer o jogo desta noite.

Morumbi na Copa

O que chegou a ser imaginado como pacífico fica cada vez mais difícil: o Estádio Cícero Pompeu de Toledo – o famoso Morumbi – sede do Mundial de 2014. O estádio precisa de várias reformas e de investimentos financeiros da ordem de R$1 bilhão. O Banco Nacional de Desenvol­­vimento Social disponibiliza aos proprietários de estádios particulares (São Paulo, Atlético e Inter­­na­­cional) financiamento de R$400 milhões para cada clube.

No caso do Morumbi os investimentos financeiros deverão ser muito maiores. E não é só obter o financiamento do BNDES. O complicado é pagar o dinheiro tomado por empréstimo. Os poderes públicos não podem colocar dinheiro em cima de estádios particulares. Certíssimo. É imposição legal. Mas, para molhar de dinheiro o Maracanã, o Mineirão e outros estádios governamentais tudo será possível, mesmo que milhares de pessoas estejam desabrigadas por falta de obras públicas para contenção das encostas dos perigosos morros ocupados por famílias pobres. É o Brasil das fachadas enfeitadas.

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