O Atlético cometeu uma grande injustiça com o treinador Geninho. Por que o dispensou? Não há outra explicação. Pela forma grosseira e desrespeitosa como liberou o técnico de suas atividades no clube faltou seriedade no tratamento pessoal. Geninho, além de conduzir o Rubro-Negro ao título brasileiro em 2001, foi o socorro que o Atlético encontrou em situações difíceis, numa delas para evitar o re­­baixamento da equipe no Cam­­peonato Brasileiro.

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Insatisfeito com Sérgio Soares os dirigentes procuraram o argentino Marcelo Bielsa, os brasileiros Caio Junior e Paulo Roberto Falcão. Sem sucesso. Por razões diversas o presidente atleticano procurou Geninho, um cavalheiro que cultivou o clube da Baixada no coração. Time mal, jogadores de qualidade duvidosa, torcida revoltada, pouco tempo para o final do Campeonato Pa­­ranaense. Assim mesmo, Geni­­nho aceitou o convite e veio com o ânimo de ajudar o clube que incorporou em sua vida.

Não analiso o mérito se a contratação foi certa ou errada. A verdade é que Geninho não pediu para dirigir o Atlético. Estava livre e voltou prazeirosamente para o clube do coração. Não estou interessado em saber quanto recebia, se ganhava por contrato por tempo determinado, por dia ou por jogo. Pro­­blema do Atlético. Geninho conduziu o time em dez jogos. Ganhou oito, empatou um e perdeu apenas uma vez.

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Tirou água de pedra, tamanha a falta de qualidade da equipe e do elenco. Ao derrotar o Paraná ficou mais perto do líder, Coritiba.

Acordou na segunda desempregado e sem receber uma única, simplória e modesta explicação. O mínimo esperado da presidência e diretoria do Atlético. Com­por­tamento ingrato e grosseiro. Algo parecido já tinha acontecido com o veterano Antônio Lopes. Um tiro no pé. Treinador limpo, cavalheiro e cumpridor de obrigações pactuadas com o clube não merece tamanha desconsideração.

Não estou arguindo se Geninho deveria ficar. Como todos os atleticanos e desportistas com quem falo também não aceito o tratamento desumano. Não combina com a ética e os bons costumes, próprios do relacionamento entre pessoas de boa educação.

Adilson Batista

Perfil de bom treinador viveu seu grande momento dirigindo o Cruzeiro. Sofreu amargas decepções no Corínthians e no Santos.

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Não fará milagre no Atlético. Vai precisar de jogadores de qualidade, para combinar com o seu estilo de trabalho, sério e exigente. Adilson Batista deve estar preparado para ter um olho no padre e outro na missa. Já sabe como as coisas são nebulosas e confusas no futebol do Atlético.

Solidariedade

Logo mais na Baixada é noite de recordar o futebol majestoso de muitos ex-jogadores que brilharam no mundo. E uma forma de prestar ajuda humanitária a paranaenses e japoneses que sofrem as consequências da força destrutiva da natureza mal cuidada pelo homem. Perto da natureza revoltada, somos totalmente impotentes.