Beto Richa, Luciano Ducci e Mario Celso Petraglia estão em dívida com a população do Paraná. Participaram da farsa montada para o fictício lançamento das obras de conclusão do Estádio Joaquim Américo. Foram fotografados de capacete, melhores, claro, que os usados para a segurança de operários. Exibiram largos sorrisos para fotógrafos e cinegrafistas.

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Semanas depois da pirotecnia a enorme perfuratriz alugada por MCP foi retirada do canteiro de obras durante a madrugada, por falta de pagamento. Tudo para encenar um capítulo interminável, a arrancada para o final das obras que já viraram lenda. Os atores prometeram transparência. É exatamente o que não acontece.

Os governantes não estão preocupados com o investimento a ser feito pelo poder público em obra privada. Desapropriações de imóveis no entorno da Baixada, potencial construtivo (forma legal de burlar a Lei do Zoneamento de Curitiba), envolvimento direto do governo do Paraná por meio da Agência de Fomento, criada para impulsionar o crescimento do comércio e da indústria, nunca para construir estádio de futebol particular. Curitiba não possui um ginásio de esportes decente e compatível com o tamanho da cidade. A farsa é geral.

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Na semana que passou, fontes do Atlético anunciaram que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) tinha liberado o financiamento para as obras. Mentira. A impressão que resta é que os atores da farsa pensam que os paranaenses são bobos, não enxergam a realidade e estão contentes com o que está acontecendo. Curitiba será uma das sedes da Copa do Mundo, alardeiam sem rubor no rosto.

É o suficiente para criar, pensam eles, um alegre estado de espírito na população, mesmo no contingente que torce pelo histórico Clube Atlético Paranaense. Neste momento da trama, quem está perdendo mais é o Rubro-Negro. Posa de cenário para os semeadores de dúvidas, ilusões e ilegalidades patrocinadas de forma irresponsável.

Como está valendo tudo, MCP com a conivência de Beto e Ducci, chegou ao ridículo de anunciar um empréstimo de R$30 milhões concedido pela prefeitura de Curitiba.

Nossa gente não merece o que está acontecendo. Tudo em nome da vaidade de políticos, tendo como beneficiário quem sabe transitar nos subterrâneos dos órgãos públicos, como já aconteceu à sorrelfa nos tempos de Jaime Lerner. Uma lástima.

O que acontece em Curitiba é caso único no Brasil. Em outras cidades as traições ao interesse nacional estão claras. Só se salva Porto Alegre. O Beira-Rio está sendo bancado por uma grande construtora, a Andrade Gutierrez. Do poder público, nem um mísero real. Exemplo de respeito ao sacrifício do povo que paga impostos para benfeitorias públicas, jamais para obras particulares.

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Fico espantado com a cumplicidade do governador e do prefeito. Não é papel honroso para os paranaenses. Vergonha na cara não faz mal a ninguém, ao menos, para os que agem com retidão.