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Ser jornalista não é apenas passar notícias ao público. Para ser jornalista confiável é necessário ter credibilidade, independência, usar a li­­ber­­dade de expressão com respon­­sabilidade, ser fiel à verdade, não semear ilusões para ser agradável ou para delas se beneficiar. Outros predicados poderiam ser adicionados. Esses são suficientes.

Minhas testemunhas são leitores, ouvintes e gente com quem falo sobre a Copa. Nunca tergiversei nem hesitei. Sempre fui um crítico da realização do evento em nosso país. Meus argumentos são todos conhecidos, sociais e morais.

Uma das minhas preocupações expostas tem como vertente a corrupção desenfreada e crescente na gestão pública do país.

Quando me perguntam o motivo que me conduziu à decisão de não concorrer à reeleição para a Câmara dos Deputados, respondo afirmativamente: "Aprendi a co­­nhecer a intimidade da vida pública em Brasília e saí de lá com náuseas e ao mesmo tempo com pena dos pobres brasileiros. Os assuntos preferidos de vários deputados e senadores eram a compra de fazendas, bois, aviões, concessões de emissoras de rádio e televisão, financiamento do Banco do Brasil.

Recusei duas concessões de rádio que o governo me ofereceu para votar na Assembleia Cons­­tituinte mandato de cinco anos par a o presidente da época, José Sarney. Não aceitei. Ouvi censuras de colegas e amigos, preferi ficar com a minha consciência em paz."

Basta para mostrar a você porque sou contra a Copa no Brasil, por saber o procedimento dos detentores do poder. Tenho convicção do que digo. Já estamos passando ao mundo uma péssima impressão da falta de seriedade dos compartimentos governamentais do país, em geral. A exposição chocante dos assaltos praticados em cima de verbas públicas do Ministério do Esporte é alarmante. Dinheiro para atender necessidades de jovens pobres, alguns miseráveis, sendo usado para falcatruas de causar abismo e vergonha.

E só estou falando do Ministério do Esporte, exatamente onde está o interlocutor brasileiro para a Copa Não preciso recorrer a mais atos desonestos que já derrubaram outros membros do governo.

O dinheiro pago pelos brasileiros em forma de impostos sangra a economia familiar e enche os bolsos de corruptos sem rubor e vergonha. Chega de passar aos brasileiros e ao mundo o atestado de má conduta, com a complacência das "autoridades" escolhidas pelos chefes maiores. Um mínimo de vergonha não faz mal a ninguém.

O pranto do meu coração

Morreu Rosirene Gemael. Minha ir­­mã, sobrinha, amiga, jornalista, in­­telectual, ser humano acima de qual­­quer suspeita. Nossa família está abalada com a morte de pessoa tão querida, filha do professor E­­­­mé­­rito da UFPR Camil Gemael, meu cunhado e um pouco de pai e ir­­­­mão, e Olga Cordeiro Gemael, minha querida irmã e muito de mãe quando fiquei órfão muito ce­­do. Rosirene, nosso amor de sempre. Ao filho Marco a gratidão pelo que fez pela mãe querida.

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