Hoje é domingo, dia de Atletiba. Foi-se o tempo em que tal anúncio mobilizava Curitiba, fazia a molecada ostentar o manto já na sexta-feira, botava a mulherada indócil por ter de apressar a macarronada, perturbava a rapaziada desde cedo.
A violência venceu e congelou o maior pega do Paraná. Contribui também para o estado atual das coisas a estupidez dos dirigentes e suas ideias mirabolantes como o clássico de uma torcida só no estádio. Vocês sabem como é, né? A cartolagem odeia futebol.
Mas vamos em frente ou melhor, voltemos ao passado, quando ao menos o contraste inebriante entre o alviverde e o Rubro-Negro era garantido, o sarro legalizado e tomar um corridão da galera adversária não era apenas educativo como ótimo para a saúde.
Em se tratando de Atletiba, uma edição especial da coluna. Dois confrontos, um triunfo verde e branco, outro vermelho e preto, para atender os supersticiosos.
Dia 12 de março de 1989, partida marcada para o Pinheirão. O Furacão defendia o título estadual e havia mantido a base: Marolla, Fião, Cacau, Serginho, Manguinha, entre outros nomes de peso. No Coxa, estava em gestação o timaço que terminou campeão da disputa e sensação do Brasileiro. Carlos Alberto Dias, Tostão e Chicão eram os destaques.
Bola pererecando no gramado e não demorou muito para Serginho, também conhecido por Mico, aparecer na cara de Toinho: 1 a 0 para o Rubro-Negro. A resposta veio a seguir, no toque de alta estirpe de Carlos Alberto Dias: 1 a 1.
Foi quando Cambé registrou o seu nome e da cidade do Norte paranaense na história do Atletiba. Aos 36 minutos da etapa final, o lateral-esquerdo soltou um balaço da intermediária, a bola desviou no glúteo do zagueiro João Pedro e invadiu a rede: 2 a 1, placar final.
Avancemos até o dia 18 de outubro de 1992. O Paraná Clube já era uma realidade, levantara o caneco de 1991, se configurava um tremendo estorvo para a relação de Atlético e Coritiba. Desta vez, o clássico seria jogado no Couto Pereira.
Mais de 20 mil torcedores enchiam as arquibancadas e o que se via no campo não poderia ser considerado como "futebol arte". Não por acaso. Entre os 11 dos donos da casa, os zagueiros Jorjão e Sorlei, os volantes Norberto e Hélcio. Os visitantes, por sua vez, contavam com o gigante ruivo Róberson, Leomar e Gune. Além do estiloso Tostão, um tanto deslocado vestindo a camisa rubro-negra.
Nenhum destes, entretanto, fez tanto sucesso quanto um desconhecido Zé Rubens. Foi ele o autor do tento isolado, aos 29 minutos do primeiro tempo. Depois de uma tabelinha com o avante Jétson, o meia arrematou sem defesa para o goleiro Sadi: 1 a 0.
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