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| Foto: Arquivo/ Gazeta do Povo

O que acontecia na época

1991 foi um ano mágico para a música, incomparável até os dias atuais. Lá fora pintaram, por exemplo, Nevermind, do Nirvana (foto), Blood Sugar Sex Magik, dos Red Hot Chili Peppers, e o álbum preto do Metallica, entre outros de mesmo quilate. No Brasil, o Sepultura contribuiu com Arise. Nem mesmo o lançamento de Várias Variáveis, do Engenheiros do Hawaii, conseguiu empanar temporada tão absurda.

Aquele escrete do Atlético do Brasileiro de 1991 talvez tenha representado a mais espetacular decolagem rumo ao nada do futebol paranaense. No paralelo com a música, um legítimo time one hit wonder. Nas três primeiras partidas, três vitórias e a liderança isolada. A partir daí, até os estertores da disputa, a inglória luta contra o rebaixamento.

Tudo começou com o estupendo triunfo sobre o Flamengo de Júnior, por 3 a 0, num domingo à tarde. E menos de uma semana depois, ainda na quinta-feira, foi a vez de sapecar o Grêmio, outro campeão mundial até então, por 4 a 2. Mais tarde, um 2 a 0 sobre o Fluminense nas Laranjeiras.

Arrancada que fez muito rubro-negro, pouco acostumado a ver time destacado nos Gols do Fantástico, desvairar com a possibilidade de um título nacional. Especialmente pela construção do marcador no encontro com o Tricolor gaúcho. Em menos de 15 minutos, o moleque do placar teve de trabalhar três vezes.

Logo aos cinco minutos, "penaltê" (no melhor estilo curitibano) para o Furacão. Éder Aleixo converteu com aquele jeito estúpido de amar. E a turma ainda estava enchendo o copão de cerveja quando saiu o segundo. Tico chargeado, falta cobrada por Carlinhos que o pequenino André aproveitou de cabeça.

A senha para a vitória atleticana era mesmo os cruzamentos à meia altura, para aproveitar a baixa estatura do atacante. O terceiro gol também nasceu assim, em novo cruzamento de Carlinhos, o Sabiá.

3 a 0 no marcador e a vitória parecia consolidada. No entanto, Jorge Luiz, contra, e Assis, que na época tinha um irmãozinho dentuço chamado Ronaldinho, engrossaram o jogo. Até que, pela terceira vez, André aproveitou da sua condição de baixinho para aplicar outro testaço: 4 a 2.

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