As destilarias escocesas estão encontrando dificuldade para atender a demanda do século 21. Acontece que, além dos consumidores tradicionais, muitos brasileiros, indianos, asiáticos e, sobretudo, chineses melhoraram o padrão de renda e entraram no mercado das coisas boas da vida.

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É como disse outro dia um italiano amigo meu: "Já imaginou se 10% dos chineses endinheirados resolverem visitar Veneza na mesma época?". "Afunda", respondi. Como não há produção de uísque suficiente, daí as maquiagens que começaram a surgir com os rótulos "Double, Reserve, Supra".

Fiz essa entrada triunfal, pelo menos para quem é do ramo, para chegar ao Atletiba desta tarde. Não chega a ser um clássico falsificado, com teores paraguaios, mas, pelas circunstâncias, está longe de mexer com a torcida. Ainda assim, um Atletiba.

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Como vi todo tipo de Atletiba, com goleada de um lado, goleada de outro, viradas homéricas, favorito derrotado, eu considero os clássicos decisivos os que mais marcaram. Houve muitos e só não assisti àqueles três da década de 1940 pela simples razão de ainda não ter nascido.

Da antológica decisão de 1968 em diante, assisti a todas. O Paranaense de 68 foi o melhor de todos os tempos, pois Jofre Cabral e Silva assumiu o Atlético e revolucionou o nosso futebol trazendo os bicampeões mundiais Djalma Santos e Bellini. Só que Evangelino Neves não ficou atrás e correu atrás de ótimos reforços.

O Coxa havia perdido para o Furacão uma semana antes das finais em partida extra para escolher o nosso representante no Brasileiro – na época chamado de Torneio Roberto Gomes Pedrosa. No mesmo Alto da Glória, os comandados de Francisco Sarno deram o troco e saíram na frente. Na segunda partida, Zé Roberto fez 1 a 0 para o Atlético forçando a terceira partida. Até que, aos 45 minutos do 2º tempo, Nilo cobrou uma falta e Paulo Vecchio, do Coxa, cabeceou superando o zagueiro Bellini e o goleiro Gil.