Na maior, mais desgastante e com acusações que jamais haviam sido registradas em eleições de clube de futebol no Paraná, o Atlético foi às urnas e os associados elegeram a chapa que teve como candidato a presidente o advogado Antônio Carlos "Tataio" Bettega, boa praça e atleticano da velha-guarda.
O rebaixamento foi decisivo para o triunfo da oposição, cujo novo Conselho Deliberativo deve confirmar o nome de Mario Celso Petraglia para a presidência do Conselho Executivo.
Em Petraglia foram depositadas as esperanças dos torcedores que acompanharão atentamente todas as promessas feitas durante a tumultuada campanha. Promessas que se iniciam com o efetivo início das obras de conclusão da Arena da Baixada, passam pela completa reestruturação administrativa e chegam ao coração do clube, que é o futebol.
Clube de futebol tem de ter bom time de futebol, pois de nada adiantou a ex-diretoria encerrar o mandato com quase 20 milhões em caixa e o time na Segunda Divisão.
E a nova diretoria vai ter de correr contra o tempo para formar um time forte na tentativa de voltar a conquistar títulos e de retornar à principal vitrine do futebol brasileiro. Mesmo politicamente dividido, o Atlético saiu da eleição fortalecido.
O jogo do ano
Santos e Barcelona fecham a temporada, como se dizia antigamente, com "chave de ouro". Será o jogo do ano, começando pelo fato de a Fifa insistir com esse formato bobo de torneio intercontinental de clubes em vez de promover fases eliminatórias antecipadas, abrindo mais espaço para os campeões e vices da Europa e da América do Sul, que representam, efetivamente, o filé mignon da bola.
O Barcelona é o favorito. Mesmo o mais fanático torcedor santista há de reconhecer o espetacular entrosamento e o irresistível toque de bola da equipe catalã.
Poupando jogadores, e sem precisar de muita aplicação, o time de Guardiola goleou com facilidade o fraco adversário do Catar. Messi teve atuação apagada, mas, em compensação, o conjunto pesou e os brasileiros brilharam com a marcação de três dos quatro gols: um de Maxwell e dois do paranaense Adriano, ex-Coritiba.
O Santos venceu o esforçado adversário japonês, mas mostrou furos defensivos e pouca presença no meio de campo, apesar de contar com Ganso, um articulador de primeira que, entretanto, depois da última lesão grave, baixou a rotação e, sobretudo, o poder de decisão. Mas o que preocupa, e diminui a capacidade do time de Muricy, é a defesa.
O cacife santista é Neymar, um craque com largos recursos que pode decidir uma partida em lances individuais. Além de Neymar, Borges merece atenção por ser atacante oportunista, esperando-se empenho, entrega física e superação coletiva diante de um adversário com a estatura técnica do Barça.
O Santos vai para a decisão repetindo as experiências de São Paulo e Inter, mas igualmente pode se dar bem como zebra. Futebol é bom por isso, nem sempre vence o melhor.
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