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O Santos vive momento mágico, só comparável a sua mais esplêndida fase que foi no bicampeonato mundial de clubes há pouco menos de 50 anos. Das tabelinhas Pelé-Coutinho, às peripécias de Gilmar, Mauro, Zito, Mengalvio, Dorval, Pepe e outros, sem esquecer de Almir Pernambuquinho nos duelos com o Milan, no Maracanã, até chegar à geração de Neymar, o Santos percorreu longo caminho para ver o mundo aos seus pés, outra vez.

Famoso por revelar diversos dos melhores jogadores do país, o time da Vila Belmiro inicia a caminhada em busca do terceiro titulo mundial com a expectativa de decidir com o Barcelona. Quem viu o Barcelona triturar o Real Madrid, em pleno Santiago Bernabéu, sabe das dificuldades que estão reservadas para os santistas. Mas não custa ter esperança, afinal São Paulo e Internacional levaram verdadeiros banhos de bola dos seus adversários e acabaram ficando com os títulos intercontinentais em 2005 e 2006, respectivamente.

Na final em que o São Paulo sagrou-se campeão, o goleiro Rogério Ceni foi o melhor jogador em campo, operando prodígios e até milagres para evitar os gols do Liverpool. O técnico da equipe inglesa, o espanhol Rafael Benítez, disse depois do jogo que não acreditou no que viu, especialmente porque com o surpreendente gol de Mineiro o titulo ficou com o clube brasileiro.

No ano seguinte foi a vez de o Internacional levar um passeio do Barcelona, mas ficar com o título graças ao arrebatador gol de Adriano Gabiru. Com um time flagrantemente inferior, o Inter de Abel Braga soube se defender, o goleiro Clemer também pegou tudo e o time catalão de Zambrota, Puyol, Xavi, Iniesta, Deco e Ronaldinho Gaúcho, entre outras cabeças coroadas, saiu de campo derrotado.

O bom do futebol é isso, nem sempre o melhor time vence. Por isso, e talvez só por isso, os santistas botam fé na decisão que se inicia quarta-feira diante do japonês Kashiwa Reysol, que eliminou o mexicano Monterrey nos pênaltis. Dirigido pelo brasileiro Nelsinho Baptista – que iniciou a vitoriosa carreira como campeão paranaense pelo Atlético em 1988 –, a equipe japonesa será o primeiro teste para o Santos que terá Durval como ala e Ganso querendo reencontrar o melhor futebol, pois Neymar não pode resolver tudo sozinho.

Na outra semifinal, o Al Sadd, do Catar, cruzará com o Barcelona, base da seleção espanhola campeã do mundo e atual melhor time do planeta. Vê-lo jogar é pura sinfonia, com toques de primeira fazendo o carrossel girar até que se defina a jogada cirúrgica do ataque mortal para a marcação do gol. Por mais que o adversário se defenda e se proteja, como tentou o Real Madrid, sábado, torna-se impossível deixar de se envolver pela trama e pela velocidade do encantador Barcelona.

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