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Ao contrário do campeonato passado quando o Coritiba liderou do começo ao fim, sem en­­contrar qualquer resistência de algum concorrente, este ano está com cara de disputa.

Além do título de campeão encontra-se em jogo a proeza de quebrar a longa série invicta do Coritiba. Este, por sua vez, sustenta longa invencibilidade que foi coroada com a conquista do bicampeonato sem derrotas, feito que distingue todo time em qualquer circunstância.

Desta feita, Cianorte e Atléti­­co apresentam credenciais suficientes para ameaçar, por en­­quanto apenas ameaçar, a su­­pre­­macia coxa-branca.

Nota-se que o time perdeu consistência com as saídas de Leandro Donizete, Leo Gago e Marcos Aurélio, já que Marcel vem suprindo a contento a ausência do guerreiro Bill. Mas os novos contratados esforçam-se para entrar logo em forma, adquirir entrosamento e responder às expectativas do técnico Marcelo Oliveira.

O jogo de amanhã apresenta, além do próprio Coritiba, uma atração que é o técnico Dario Pereyra comandante do Ara­­pongas.

Jogão

Para quem não acreditava na possibilidade de termos um jogão no Campeonato Para­­na­­en­­se, fora dos duelos entre a du­­pla Atletiba, o líder Cianorte pre­­para-se para receber o Atlético.

Chancelado pela extravagan­­te goleada sobre o Rio Branco, o Cianorte apresenta-se em condições de quebrar a invencibilidade atleticana, inclusive de gols até o momento, e manter-se na primeira posição.

O Furacão, por sua vez, surpreende positivamente. Pri­­meiro, pela clara mudança de postura no comando. Dos dirigentes aos mais simples membros da comissão-técnica, todos transmitem segurança e personalidade ao elenco que, liderado por Paulo Baier, vem respondendo com muita aplicação e desejo efetivo de corresponder aos anseios do torcedor.

Em meio aos novos métodos de trabalho e aos efeitos psicológicos provocados pelas mu­­danças no CT do Caju, entra a fi­­gura do uruguaio Carrasco, com a sua filosofia ofensiva e o plano de oferecer oportunidades a todos os jogadores relacionados para o campeonato.

Não precisou muito para ele perceber o grave equívoco que representou as contratações dos atacantes Guérron, Nieto e Morro García. Em pouco tempo, o experiente Bruno Mineiro e os jovens Ricardinho, Marcelo, Bruno Furlan e, desde anteontem, Harrison mostraram, individualmente, mais do que os três gringos.

É importante destacar o retorno de Bruno Furlan, que estreou bem, marcando um gol contra o Prudentópolis e logo saiu de cena, dentro da esquisita forma de avaliação dos jogadores revelados pelo clube.

Mas ainda há longo caminho a ser percorrido até que o time esteja em condições de lutar, efetivamente, pelo título estadual.

A partida com o Cianorte se­­rá um bom teste para o novo Fu­­racão.

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