Quando uma equipe constrói o placar de 3 a 0 no primeiro tempo de um clássico é normal que haja certo relaxamento. Mas isso não aconteceu com o Coritiba, que seguiu em busca do quarto gol, mas desperdiçou diversas oportunidades e teve um gol de Emerson mal anulado pelo auxiliar de linha.

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Com tantas chances perdidas e uma excelente atuação do goleiro Thiago, seria natural que o Coxa corresse o risco da surpresa. E ela apareceu nos dois gols relâmpago do Paraná – ambos de bela feitura – com destaque a categoria de Paulo Henrique no segundo. Mas durou pouco o susto da torcida alviverde, pois Anderson Aquino fechou a goleada mostrando que o Coxa não dá moleza para ninguém nesta temporada.

O técnico Ricardo Pinto tentou resguardar o time, mas não conseguiu diante do volume de jogo do adversário, que abriu a contagem em belo chute de meia distância de Davi. A lesão de Kerlon diminuiu o leque de alternativas ofensivas, restando apenas os lépidos Kelvin e Diego, duas belas revelações da Vila Capanema.

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O técnico Marcelo Oliveira gostou da produção do time maduro, equilibrado e que revelou capacidade de matar o jogo na hora certa. No plano individual, o zagueiro Emerson e o volante Léo Gago so­­braram na turma.

Foi boa a arbitragem de Edi­­valdo Elias da Silva, o nosso me­­lhor apitador no fraquíssimo quadro da Federação Paranaense de Futebol. Acabou atrapalhado pelo bandeirinha, que anulou o gol le­­gítimo de Emerson, pois este se encontrava na mesma linha dos defensores contrários no momento da cobrança da falta.

Meio jogão

Iraty e Atlético realizaram um primeiro tempo tecnicamente pobre. Na etapa complementar, porém, brindaram o público com atuações de alto nível e a marcação de seis gols. Deletando o primeiro tempo, tivemos meio jogão em Irati com as duas equipes procurando obstinadamente o gol.

Na forte pressão exercida pelo time da casa, liderado pelo excelente armador Bruno, destacou-se o goleiro Renan, que livrou o Furacão de sofrer o gol. Em tirambaço longo Madson abriu a contagem, mas em seguida Bruno empatou e a partida cresceu em emoção com estocadas ofensivas dos dois lados, exigindo muito dos goleiros e dos zagueiros.

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Nieto fez 2 a 1 com oportunismo e Guerrón ampliou com belíssima folha-seca, no melhor estilo de mestre Didi. Daí em diante o atual time de Geninho soltou-se em campo e mostrou uma face até então desconhecida: jogou com personalidade.

Alternou movimentos, virou o jogo com sequências interessantes e chegou à goleada na falta cobrada por Paulinho com perfeição. Ainda deu tempo para a zaga atleticana falhar e Artur diminuir a contagem do belo meio jogo em Irati.