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Valeu apenas pela conquista do pontinho jogando fora, porque o Atlético pouco produziu para merecer melhor sorte no Recife. O Sport, time de nível técnico sofrível, também contribuiu para a pobreza da partida que terminou empatada.

O primeiro tempo foi mais movimentado, com as equipes buscando o gol e não por acaso saí­ram dois, um para cada lado. Cléberson, de cabeça, aproveitou a cobrança de falta bem executada por Bady e Régis empatou num bate-rebate na área atleticana. Weverton evitou a virada no placar.

Na etapa final, o jogo caiu verticalmente em cansativa sucessão de passes errados diante da ausência de algum jogador cerebral no meio de campo – Marcos Guilherme omitiu-se – e, surpreendentemente, a maior chance de gol saiu dos pés do zagueiro Léo Pereira, que se apresentou no ataque e finalizou com perigo contra a meta de Magrão.

O treinador Doriva voltou a se dar ao luxo de manter o artilheiro Douglas Coutinho na reserva, colocando-o em campo apenas nos 20 minutos derradeiros e, dentro da sua característica, ofereceu mais agressividade ao morno sistema ofensivo atleticano.

Lanterna acesa

Voltando a apresentar futebol pobre, despido de esquema tático consistente e sem capacidade coletiva para impor-se como mandante, o Coritiba manteve a lanterna acesa e continua sem vencer dentro de casa para desespero da torcida, que não consegue entender a desastrosa campanha. Na realidade é extremamente delicada a situação do Coxa na competição, já que em 15 rodadas venceu apenas duas vezes e não indica capacidade de reabilitação a curto prazo.

Celso Roth, mergulhado em inexorável processo de desgaste perante a torcida, usou todo o arsenal individual disponível no elenco para tentar dar um jeito na equipe, mas as providências tomadas revelaram-se insuficientes e infrutíferas, pois Keirrison e Helder, que entraram no intervalo, pouco realizaram e o Flamengo, mesmo com padrão de jogo primário, garantiu a vitória saindo da ZR sob o comando de Vanderlei Luxemburgo.

Vitória que se originou em falha grosseira do volante Baraka, ao errar uma cabeçada e passar a bola para Éverton concluir com sucesso. Éverton que não foi nem sombra daquele jogador vibrante e criativo da temporada passada no Atlético. Na etapa complementar, a única chance real foi um tiro longo de Robinho que bateu no travessão. Com pouca técnica, o jogo arrastou-se até o fim quando a torcida, que vinha apoiando os jogadores, cansou e irrompeu em vaias protestando contra o panorama assustador que se instalou no Alto da Glória.

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