O Atlético perdeu para o Palmeiras uma partida na qual esteve bem no plano tático e conseguiu dominar as ações.
Contribuiu para isso a apática atuação palmeirense, que parece ter se contentando com o escore mínimo, obtido em bela jogada de Edinho, que passou de calcanhar para Robert completar.
Dali em diante o time de Leandro Niehues teve maior posse de bola e o goleiro Netto não foi incomodado, porém faltou talento para que todas essas vantagens se traduzissem em gol. Pelo menos no gol de empate, que seria resultado satisfatório.
Mas com atuações pífias dos alas Raul e Márcio Azevedo e errando muitos passes no meio de campo, onde mais uma vez Alan Bahia e Netinho jamais conseguiram acompanhar o nível técnico de Paulo Baier, o time não teve sucesso ofensivo. O principal jogador do Furacão foi expulso de campo numa entrada dura e desnecessária sobre Danilo.
Registre-se que Danilo provocou os atleticanos o jogo inteiro, chegando a cuspir em Manoel depois de levar uma cabeçada do esquentado zagueiro paranaense.
As substituições processadas não surtiram o efeito desejado porque Marcelo está voltando de longa inatividade e Patrick não se encontrou.
Agora, na Arena da Baixada, o Atlético terá de vencer por dois gols de diferença para eliminar o Palmeiras da Copa do Brasil.
Alô, Dunga!
Esta é a chamada boa dor de cabeça para todo técnico de futebol: o surgimento de novos craques, daqueles raros que decidem uma partida.
Aí estão Ganso, André e, sobretudo, Neymar arrebentando com a bola no Santos, jogando o fino e passando por cima dos adversários, quase sempre aplicando goleadas.
Se André é muito jovem e a seleção brasileira dispõe de Luís Fabiano e Nilmar em bom nível, Ganso e Neymar só estão aguardando a convocação já que se mostram alguns furos acima dos preferidos de Dunga.
Ou Kléberson, Josué, Julio Baptista e Elano estão mostrando a mesma visão de jogo, precisão no passe e o índice de aproveitamento coletivo da revelação Ganso?
Depois de Kaká, que tenta se recuperar de uma lesão no púbis e, como todos sabem, o púbis é região delicada para qualquer atleta profissional, a maior vocação de craque que surgiu no futebol brasileiro foi Neymar.
Mesmo jovem, mostra-se experiente nos fundamentos básicos e conta com impressionante variedade de jogadas além, é claro, da extraordinária capacidade de marcar gols.
Dunga tem razão quando menciona a preservação da unidade do grupo o popular grupo fechado baseado nas conquistas recentes na Copa América, Copa das Confederações e primeiro lugar nas Eliminatórias. Porém, uma boa dose de talento não faz mal para ninguém.
A convocação desses rapazes representará o surgimento do fato novo que esta faltando para a seleção. Ou, por outra, o toque de classe na criatividade ofensiva da equipe que sonha com o hexa na África do Sul.