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A rede balançando é coisa que emociona os torcedores. Mas o que interessa aos dirigentes do futebol é o negócio gerado pela paixão do povo em torno do jogo.

Os modernos cartolas comportam-se como prestidigitadores, sempre prontos para transformar as coisas de acordo com os seus interesses pessoais ou de grupos, para o exercício do poder e o controle sobre as transações milionárias.

Com a CBF carregando mais de R$ 200 milhões de patrocínios para a Copa deste ano, é fácil entender os motivos que levam as pessoas a se agarrarem aos cargos.

Trata-se de um dos melhores negócios do mundo, ainda mais se a entidade apenas re­­qui­­sita os atletas para as competições em que a equipe representa o país. Por isso, enquanto a CBF está com os cofres cheios, muitos clubes a procuram com o chapéu nas mãos, como foi noticiado em torno da troca de votos na eleição do Clube dos 13.

As associações endividadas fecharam com o candidato apoiado pela CBF e os clubes com administrações mais equilibradas optaram pela ampliação do grupo – aumentando de 20 para 40 associados –, com o objetivo de tentar criar a Liga Nacional de Clubes.

Essa tentativa foi dinamitada pela CBF e pelas 27 federações, que só atrasam o desenvolvimento do futebol brasileiro. Daí a continuidade dos campeonatos estaduais deficitários, inviabilizando qualquer alteração no calendário.

A proposta da diretoria reeleita do Clube dos 13 é a formação da Liga Nacional, ficando com a CBF o cuidado com a seleção brasileira e a organização da Copa de 2014.

Ou seja, os clubes desejam que os estaduais sejam disputados pelos times que se encontram fora do calendário nacional e que voltem as copas regionais no início da temporada.

Além das negociações conjuntas com as redes de televisão e patrocinadores dos campeonatos a serem organizados fu­­tu­­ramente. Mas é claro que a CBF e as federações vão espernear e, sobretudo, procurar impedir as transformações que se impõem para a sobrevivência dos clubes.

Posição firme

O presidente do Atlético, Mar­­cos Malucelli, tem se revelado um dirigente de personalidade forte e que assume posição firme quando se trata de defender os interesses do seu clube.

Ele não titubeou em romper os laços que o prendiam aos antigos gestores do clube ao perceber que corria o risco de desempenhar o papel simbólico que caracteriza a rainha da Inglaterra.

Ampliou o quadro social, reduziu o custeio e segue coerente com os seus princípios morais e éticos na gestão do clube. Tanto é verdade que o presidente rechaça as propostas de endividamento do Furacão para cumprir as determinações do caderno de encargos da FIFA para que a Arena da Baixada seja palco de dois ou três jogos da Copa de 2014.

O presidente Malucelli insiste em concluir as obras dentro do orçamento estabelecido pelo clube.

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