Em jornal a gente escreve "hoje" o que é ou será "amanhã" em relação ao dia em que escreveu. E escreve "ontem" para o que foi ou será "hoje" em relação ao dia em que escreveu.
Estava em dúvida antes de começar este último artigo do ano, mas ficou tudo em cima porque, pela escala do rodízio de cronistas, ele está sendo publicado no penúltimo dia. Portanto, a tempo de fazer um balanço do futebol.
Parto do princípio que todo ano é bom desde que consigamos fazê-lo ser bom. Ou, por outra, acredito que cada um, através de suas atitudes, iniciativas ou ações acaba desenhando um ano mais ou menos feliz. É uma questão de capacidade criativa nas realizações.
Mas nem tudo deve ser muito planejado, pois o bom da vida reside exatamente na surpresa, na improvisação do cotidiano e na possibilidade que temos de corrigir rotas ou de mudá-las radicalmente sempre em nosso benefício de plena satisfação, desde que não prejudique ou magoe alguém.
Bem, chega de poesia e vamos aos fatos porque o ano esta acabando.
Foi um ano de poucas alegrias para o torcedor dos times paranaenses, já que o Paraná caminhou mal em todas as competições que participou e, por isso mesmo, marcou passo na Segunda Divisão, para onde voltou o Coritiba.
Trágico é o termo mais apropriado para definir o ano do Coxa: projetou uma temporada de sonhos nas asas da comemoração do centenário e deu tudo errado. Em parte, por incapacidade dos dirigentes na execução dos programas; em parte, por deficiência no trabalho de técnicos e jogadores que fracassaram em diversas ocasiões, culminando com a nova queda e, para espanto geral, a invasão de campo e a destruição de boa parte do Estádio Couto Pereira.
O Coritiba terá poderosos desafios pela frente, mas é grande o suficiente para superá-los e voltar ao lugar de destaque.
Menos mal para o Atlético que ficou com o título estadual, revelou alguns bons jogadores e manteve-se na Primeira Divisão ao custo de muito sacrifício e sofrimento. Mas o Furacão precisa melhorar muito para dar verdadeiras alegrias ao seu fiel torcedor.
O ano foi prazeroso para o Operário, de Ponta Grossa, que após 15 anos retornou à elite do futebol paranaense.
No plano nacional, 2009 foi espetacular para os dois times mais populares do país: o Corinthians com Ronaldo ganhou o título paulista e o da Copa do Brasil; e o Flamengo, com Adriano, conquistou o hexacampeonato brasileiro.
A seleção brasileira também saiu-se bem com o título da Copa das Confederações, a classificação sem sustos para a Copa na África do Sul e o equilíbrio tático-técnico alcançado através dos últimos jogos.
As esperanças estão renovadas para o novo ano, tanto para aqueles que fracassaram quanto para os triunfantes.
Os derrotados terão a oportunidade da recuperação e os vitoriosos terão a chance de continuar brilhando. Bom ano a todos.
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