Com o fim da temporada futebolística, enquanto técnicos, árbitros e jogadores descansam nas férias coletivas, os dirigentes planejam o futuro dos clubes. Alguns técnicos participam do processo, dando palpites e indicações, ou formalizando opiniões que definem a linha a ser adotada à partir da reapresentação dos atletas no começo de janeiro.
Quem possui melhor estrutura teoricamente sai na frente, pois pode reunir o grupo de jogadores em local aprazível, com boas condições de trabalho, alimentação e assistência de primeira, padrão de hotel de classe, enfim, aquilo que todo profissional sonha para a realização de uma pré-temporada perfeita.
Porém isso não dá a garantia de conquista de títulos, tanto que o Flamengo mesmo com divida próxima dos 400 milhões e sem centro de treinamentos adequado, ficou com o título de campeão brasileiro.
Mas, como tudo na vida, a conquista do Flamengo também tem explicação: irregularidade dos principais concorrentes, descuido dos lideres Palmeiras e São Paulo nas últimas rodadas, ascensão técnica indiscutível do Flamengo no momento certo e atuações admiráveis de alguns jogadores que fizeram a diferença além, é claro, da fabulosa torcida rubro-negra nas arquibancadas do Maracanã.
Mas infraestrutura é, sim, muito importante. Por isso, fazia tempo que um time carioca não ganhava o maior título.
Por aqui, o fim de ano é de cabeça fervendo para o Coritiba com a previsão de continuar assim nos primeiros meses de 2010.
Se vai cumprir, 30, 20 ou 15 partidas fora de casa no Brasileiro, é só uma questão de técnica jurídica. O problema é que vai ficar distante um bom tempo do Alto da Glória, receberá a verba da televisão pela metade, sofrerá com o esvaziamento inevitável do quadro social e ainda terá de encontrar dinheiro para colocar as contas em dia.
Não se sabe se Ney Franco vai continuar e muito menos quantos titulares permanecerão para o ano que vem.
Mais tranquilo é o planejamento do Atlético que certamente encontrará maiores oportunidades de conseguir patrocinadores como o único representante paranaense na Primeira Divisão, manteve a base do elenco que, se não chega a empolgar, conta com diversos juniores que aprovaram e pode contratar reforços pontuais para melhorar o poder do time.
Mas o Furacão deve contratar logo, pois se deixar para mais tarde quando começar o Brasileiro perderá o bonde, pagará mais caro e não evitará as improvisações que tem lhe custando caro nos últimos anos.
O Paraná é uma incógnita. Nem a diretoria conhece direito o novo treinador e os jogadores que estão sendo contratados podem ou não dar boa resposta. Só mesmo com a bola rolando é que saberemos como virá o Tricolor para a tentativa de recuperar o título estadual.
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