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É como disse um amigo, torcedor do Paraná, na caminhada de ontem no Parque Barigui: "Vá entender esse time!". Não é tão difícil assim, pois se trata de um time com bons jogadores, mas que são atrapalhados pelos dramas financeiros do clube. Nem se trata de criticar os dirigentes que, em última análise, fazem o que podem na árdua tarefa de apagar um incêndio por dia. É a dura realidade e quem gosta do clube tem de conviver com isso até que se encontre uma solução definitiva, o que parece ainda um tanto distante.

Motivados pela presença de empresários interessados nas suas contratações, diversos jogadores deram aquela gotinha a mais de suor e acabaram reduzindo o então líder Náutico a pó de traque.

Foi uma senhora goleada, com direito a golaço de Marcelo Toscano e, finalmente, o sorriso de volta para os torcedores tricolores.

Prêmio à eficiência

Jogar todas as partidas fora de casa, longe da torcida e com os jogadores praticamente em concentração permanente não é missão fácil para nenhum time. Pois o Coritiba foi submetido a essas exigências, por causa do tumulto provocado pela torcida na partida em que caiu para a Segundona e a consequente punição. E está se saindo bem melhor do que se esperava.

Com firme comando de Ney Franco e admirável união dos jogadores, que sempre conseguem superar eventuais deficiências técnicas com garra e aplicação, o Coxa assumiu a liderança e certamente vai disparar a partir do instante em que retornar ao Alto da Glória.

Na vitória sobre o Vila Nova, a equipe comportou-se bem, com destaque à circulação de bola na meia-cancha com Marcos Paulo, Leandro Donizete e Rafinha mostrando força coletiva.

Marcos Aurélio substituiu En­­rico para marcar o gol que remeteu o Coritiba à liderança como prêmio a sua eficiência na competição.

Decepção

Maracanã em noite de gala com o Fluminense motivado e o Atlético confiante, além das estreias de Washington e Guerrón. Deu tudo certo para o artilheiro Washington e tudo errado para a promessa Guerrón, com uma atuação apagada e distante do que se esperava.

No conjunto, o Atlético ainda conseguiu equilibrar as ações, mas pecou em lances individuais que propiciaram ao Fluminense as chances dos gols na construção da merecida vitória.

Carpegiani tentou mexer na equipe das mais diversas maneiras e só não meteu o dedo onde mais ela apresentava deficiência: no meio de campo.

Lentos, Paulo Baier e Chico ja­­mais conseguiram render acima da média, enquanto Conca, completamente sem marcação, deitou e rolou com soberba atuação. Sem meia-cancha não existe ataque que produza e esse foi o grande defeito atleticano. Aliás, contar com Chico, um jogador fisicamente forte, porém carente na parte técnica, no sistema de armação é acreditar muito na sorte.

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