O mundo do espetáculo depende da publicidade e da divulgação através dos meios de comunicação de massa. Não existiria o milionário show business, as grandes produções teatrais e cinematográficas sem a presença da mídia. É o que se conhece como meio e mensagem, sempre com o objetivo de alcançar o grande público, ávido por novidades e emoções.
Como o esporte, através dos tempos, se tornou um espetáculo e negócio altamente rentável na área de lazer e entretenimento, passou a depender das verbas destinadas pelos patrocinadores e, sobretudo, pelas redes de televisão, que compram os direitos de transmissão das competições e de todos os eventos, soa absurda a decisão da diretoria do Atlético de tentar isolar os jogadores e a sua própria marca do mundo exterior.
Mais do que absurda é uma atitude burra, que contraria os princípios comezinhos do moderno marketing esportivo. Qual empresa deseja associar o seu nome a um time de futebol esquizofrênico, que briga com todo mundo, vive permanentemente em crise política com demissões de dirigentes, assume posições que beiram a infantilidade e esconde da mídia os seus divulgadores?
Basta observar a forma inteligente através da qual o Coritiba esta explorando a imagem positiva do jogador Alex. Mais do que um reforço técnico, apesar de se tratar de um atleta veterano, porém com largos recursos individuais, Alex se transformou no maior difusor da mensagem coxa-branca na busca de apoiadores comerciais e novos associados para fortalecer o clube.
Esta é a conjunção ideal para satisfazer o torcedor e chamar a atenção para um produto que compete em condições desiguais no mercado futebolístico brasileiro. Não dá para comparar a arrecadação obtida pelos grandes clubes dos quatro pontos cardeais do futebol nacional São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte com a captação de verbas de nossos dois principais representantes. Mas o Coritiba utiliza-se com sabedoria e racionalidade de todos os recursos ao seu alcance para diminuir a distancia e tentar competir em melhores condições no mercado.
O Atlético, de maneira inexplicável e obtusa, percorre o caminho inverso, marginalizando o seu torcedor através da desinformação, da incapacidade de formar times tecnicamente bons e à altura das promessas feitas ao associado antes da última eleição. Essa política isolacionista prejudica a imagem do clube, deixa o torcedor sem perspectiva e representa um verdadeiro desperdício de tempo e dinheiro.
Com o potencial que possui e com as vantagens que virão após a inauguração da nova Arena da Baixada, a esta altura todos os atleticanos deveriam estar unidos, eufóricos e prontos para grandes conquistas, em vez do baixo astral que se observa no semblante da torcida rubro-negra.