Ao vibrar com o time que venceu o Corinthians, o torcedor coxa-branca voltou a acreditar em suas possibilidades.

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É uma reação natural da torcida que se acostumou com o triunfo, afinal o Coritiba sagrou-se campeão da Série B – mesmo obrigado a jogar boa parte fora da sua sede, cumprindo a punição imposta pelo STJD –, conquistou o bicampeonato estadual, registrou espetacular recorde de vitórias consecutivas e, de enfiada, decidiu o título da Copa do Brasil. Aí que é o torcedor ficou com aquele gosto amargo na boca.

Amanhã, em São Januário, o Coxa terá nova chance de mostrar superioridade técnica sobre o Vasco, que lhe tomou a taça e a vaga antecipada na Libertadores.

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As condições são propícias, afinal o time mostrou garra e bom futebol no duelo com o líder, mas agora precisa revelar a mesma força jogando fora de casa e alcançando três pontos frente a um dos principais candidatos ao título nacional da temporada. O ideal seria repetir o espírito de luta e o aproveitamento verificado no triunfo sobre o Santos, na Vila Belmiro.

De uma forma geral, os jogadores apresentaram-se em elevado nível técnico na partida de do­­mingo e apenas Marcos Aurélio destoou. Ficou devendo por tratar-se de jogador acima da média, provavelmente o que reúne maiores recursos individuais no atual elenco alviverde, mas que ultimamente não tem conseguido responder à altura das suas recomendações técnicas.

Todos esperam um grande jogo, pois nos confrontos deste ano vimos uma vitória do Vasco e duas do Coritiba.

Milagre

A comovente inexperiência dos dirigentes do Atlético nas contratações de supervisores, técnicos e, sobretudo, jogadores está deixando a torcida perplexa depois de o time ensaiar tímida reação sob o comando de Renato Gaú­­cho. De forma intempestiva, e até agora não muito clara, o treinador, que tinha liderança sobre o elenco, pediu demissão e abandonou a barca rubro-negra em águas revoltas.

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Com um grupo tecnicamente desequilibrado e inseguro pela sequência de maus resultados em todas as competições do ano, a torcida começa a contar somente com um milagre para evitar o rebaixamento, apostando todas as fichas no veterano Antônio Lopes, o taumaturgo da Baixada.

Taumaturgo, para quem não sabe, trata-se do sétimo filho de um pai que também era sétimo filho. Na Idade Média, chamavam-no de filho taumaturgo, ao qual se atribuíam poderes de curar as pessoas.

No caso atleticano, mesmo sem ser o sétimo filho do "seo Lopes", o simpático Antônio Lo­­pes passa a representar a esperança da sofrida torcida, que mesmo assim não arreda os pés do Estádio Joaquim Américo.

Hoje, diante do aguerrido Palmeiras, será mais uma noite daquelas.

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