Ronaldo despediu-se da seleção brasileira e ela continua órfã.
Pelo menos enquanto as novas esperanças, Ganso e Neymar, não confirmarem os seus talentos vestindo a veneranda camisa canarinho do Brasil.
Depois das duas gerações de ouro, de Pelé (consagrada como tricampeã mundial) e de Zico (lamentavelmente derrotada pela Itália em Barcelona), o nosso futebol alcançou brilho internacional graças à inspiração de Romário, no tetra, e de Ronaldo e Rivaldo, no penta.
A grande decepção na Copa da Alemanha foi depositada na conta do desinteresse dos jogadores em concentrar-se para o hexa, mas o que faltou mesmo foi comando.
Ronaldo foi o último verdadeiro fenômeno, tanto que mesmo retornando mais gordo e mais cansado, mostrou vontade de jogar e acabou conquistando dois títulos pelo Corinthians. Coisa rara de se ver, afinal Rivaldo que foi o melhor jogador na Copa da Ásia não consegue apresentar o mesmo futebol no São Paulo. E o mesmo acontece com Ronaldinho Gaúcho, que apesar de ter apenas 30 anos e a torcida do Flamengo para embalá-lo, continua jogando abaixo de suas antigas possibilidades técnicas.
Aliás, esses jogadores que voltaram ricos para encerrar a carreira em casa estão confirmando a antiga teoria de que os clubes europeus pagam bem, mas sugam os profissionais até a última gota de suor.
O estado físico de Deco, por exemplo, é lastimável. Domingo, ao cobrar uma falta, sofreu novo estiramento muscular. Fez lembrar aqueles veteranos na pelada de sábado à tarde com o barril de chope ao lado do gramado.
Com a aproximação da Copa América, que representará autentico vestibular para o técnico Mano Menezes, aumentam as dúvidas e as incertezas em torno da equipe nacional.
A própria convocação provoca os mais variados tipos de análises e observações, afinal o veterano Fred decepcionou nos amistosos e Alexandre Pato só agora se recuperou de lesão sofrida no último jogo do Milan. Como Ganso segue em tratamento, tanto que não ajudará o Santos na primeira partida decisiva da Libertadores, o crônico problema do meio de campo da seleção persiste.
Mano Menezes está longe de ser um taumaturgo, ou alguém do gênero, daí a preocupação em formar um time forte na defesa para tentar suprir as deficiências da meia-cancha e, sobretudo, as limitações do ataque.
Neymar surge como a esperança maior, não só de desequilibrar os jogos a favor do Brasil como para inserir, o quanto antes, o seu nome na seleta galeria dos jogadores fora de série revelados pelo país.
O primeiro teste será no dia 3 de julho com a Venezuela, em La Plata, e as fracas atuações diante dos desfalcadas Holanda e Romênia, com apenas um golzinho marcado, deixaram o torcedor com mais dúvidas do que certezas.
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