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O futebol é pródigo em personagens que se destacam como jogadores com técnica refinada, raça in­­comum ou condicionamento físico extraordinário; e técnicos de talento combinado com autoconfiança, personalidade forte e gosto pela polêmica.

São eles que oferecem colorido especial ao velho jogo da bola.

Craque com habilidades especiais no Internacional e depois no Fla­­mengo, prejudicado por lesões em suas passagens pela seleção brasileira, Paulo César Carpegiani tornou-se igualmente vitorioso como técnico e logo na primeira ex­­pe­­riência sagrou-se campeão mundial de clubes pelo time carioca.

Controvertido, ousado e disciplinador, Carpegiani escreveu o nome como treinador internacional, destacando-se no comando da seleção do Paraguai na Copa do Mundo de 1998, na França.

De volta ao Atlético, aceitou o de­­safio de reorganizar a equipe em momento particularmente dramático para o clube que se perdeu no planejamento deste ano.

A diretoria apostou na continuidade do veterano Antônio Lo­­pes, mas resolveu trocar de comando ao perceber que a perda do títu­­lo estadual seria inevitável. Não conseguiu salvar o título e muito menos fazer boa figura na Copa do Brasil, com o novato Leandro Nie­­hues.

Depois de idas e vindas, optou pela contratação de Carpegiani, sob nova orientação no departamento de futebol, a partir dos ta­­rimbados Valmor Zimermann e Ademir Adur.

Escoltado pela contratação de um time inteiro, entre reforços na­­cionais e estrangeiros, Carpe­­gia­­ni está procurando alinhar o time e a bela exibição diante do Santos animou os atleticanos, arrancando suspiros dos torcedores que an­­davam saudosos dos velhos tempos em que o Furacão se impunha aos adversários dentro da Arena da Baixada.

O prejuízo causado pela arbitragem na anulação de gol legítimo na derrota para o Cruzeiro im­­pediu a esperada arrancada após a pausa na Copa do Mundo. O desastre em São Januário foi desanimador, porém o trabalho psicológico realizado por especialista aliado a precisa ação do técnico devolveram a confiança aos jogadores, o que pôde ser notado nas duas últimas partidas com vitórias.

Mais uma vez fica provado que o segredo do futebol é a sequência do trabalho, pois a cada nova conquista o elenco ganha entrosamen­­to, segurança e, consequentemente, passa a encarar os rivais com naturalidade.

Diz-se, popularmente, que o time está com o moral elevado e é assim que o Atlético entrará no gra­­mado do Maracanã para jogar, sábado, com o Fluminense.

Vozes do Paraná: Hoje é uma data especial para o jornalismo parana­­en­­se: o professor Aroldo Murá G. Haygert está comemorando 70 anos de idade.

Respeitado jornalista e colaborador desta Gazeta do Povo, professor Aroldo convida para o lançamento do livro Vozes do Paraná 3, no próximo dia 17, às 18h30, no Shop­­ping Crystal Plaza.

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