Estou com a melhor boa vontade do mundo para analisar os jogos do Campeonato Paranaense, mesmo porque já cansei de tanto criticar sem que os resultados esperados aparecessem.

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Basta correr os olhos pelas páginas do caderno esportivo desta Gazeta do Povo para verificar que poucas são as alterações no panorama geral do nosso futebol: o Coritiba patinou para vencer o Cianorte, o Paraná está perdendo revelações dos juniores por descuido administrativo, o Atlético continua atrás do meio de campo perdido e as demais equipes se esforçam para aproximar-se do trio da capital.

O problema é que se o estadual funciona – ou deveria funcionar – como laboratório para as competições nacionais que se aproximam, o tempo esta passando e a evolução tática e técnica dos times tem sido extremamente singela.

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Por estas e outras que Coritiba e Paraná estão na Segundona nacional e o Atlético, pelo andar da carruagem, disputará mais um Campeonato Brasileiro apenas para tentar não ser rebaixado.

Paraná

Preocupante sob todos os aspectos a informação de que o Para­­ná teria atrasado o pagamento do Fundo de Garantia por Tem­­po de Serviço e estaria correndo o risco de perder jogadores ju­­niores.

Preocupante porque, em passado recente, houve conivência com empresários e isso custou o afastamento do presidente na época.

Não se justifica, sob o ponto de vista administrativo, que o clube tenha deixado de recolher o FGTS de alguns profissionais.

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Coritiba

Bastou o Cianorte apresentar um sistema de jogo consistente para o Coritiba bater cabeça e revelar intranquilidade.

Sinal de que, apesar da folgada liderança e do absoluto favoritismo adquirido, ainda há longo caminho a ser percorrido para que o Coxa esteja, efetivamente, preparado para os desafios da Segunda Divisão brasileira.

A defesa demonstrou que não se encontra bem ajustada e que poderá ter problemas quando enfrentar um ataque mais criativo e eficiente.

Mas pelo menos do meio para frente o time cresceu com a chegada de Rafinha e a definição de Marcos Aurélio e Ariel no ataque.

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Atlético

Se participou da organização do elenco e avalizou a permanência de jogadores que já demonstraram insuficiência técnica para continuar no Atlético, o técnico Antônio Lopes não pode estar surpreendido com o baixo rendimento em Cascavel.

Até porque ele colaborou, de­­cisivamente, para o mau de­­sempenho mantendo Alan Ba­­hia e Netinho – que erraram quase todos os passes – durante longo tempo, substituindo Marcelo que foi o jogador que mais se aproximou da marcação do gol e, sobretudo, deslocando o único zagueiro confiável – Manoel – para a ala direita on­de, evidentemente, não produziu nada e quase propiciou ao Cascavel a marcação do gol da vitória.