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Vendo os jogos pelos torneios nacionais em andamento e as últimas apresentações do Atlético-MG, na Libertadores, lembrei-me de uma antiga propaganda que chamava a atenção dos motoristas para a troca de óleo nos automóveis: "Olha o nível!"

Deu na coluna do Bessa que Ronaldinho Gaúcho recebeu tratamento imperial no hotel Bourbon, em Assunção, hospedando-se na suíte presidencial, mas mostrou futebol de plebeu no gramado do Defensores Del Chaco.

Pois bem, o nível técnico do futebol brasileiro baixou muito e não devemos nos iludir com as vigorosas exibições da seleção na conquista da Copa das Confederações. O nome já diz tudo, seleção, reunião dos melhores jogadores do país que, por circunstâncias que todos conhecem, não jogam no país. Da formação titular só restou Fred, que passou as seis primeiras rodadas do principal campeonato em disputa sem marcar gol.

Clubes tradicionais e com caixa para formar equipes competitivas estão se arrastando no plano técnico, com destaque ao São Paulo, presidido por um personagem esquisito que se delicia com declarações rebarbativas nas entrevistas coletivas em que tenta justificar a péssima performance da equipe. Mas outros também caminham mal, como o Vasco, na zona de rebaixamento, ou o Palmeiras, na Segundona. A maioria dos dirigentes é arrogante e esse perfil mistura arrogância com ignorância, daí a má gestão, o endividamento e o sofrível aproveitamento técnico da maioria dos clubes.

Rodada

O Paraná, pela ordem de entrada no palco, apresenta-se logo mais, na Vila Capanema, frente ao América, de Natal, o time de coração do presidente da Câmara dos Deputados que levou a família inteira em avião da FAB para assistir ao triunfo da seleção brasileira no Maracanã. A FAB, como disse o Macaco Simão, "é a melhor companhia aérea do país, pois você viaja de graça e só paga se for descoberto". Mas o Paraná não tem nada a ver com essa vergonheira dos políticos que emporcalham a história do Brasil e vai tratar de ganhar para melhorar na classificação.

Domingo, o Coritiba coloca a liderança invicta em jogo frente ao Santos, na Vila Belmiro. Até agora o Coxa tem se superado, mas é importante destacar – por dever de ofício – que o time não jogou bem no clássico e venceu graças à fragilidade do adversário. Marquinhos Santos segue com dois alas fraquinhos – Victor Ferraz levou um passeio de Everton, do Atlético – e a meia-cancha muito dependente do categorizado Alex.

O Furacão leva a sua crise permanente para o difícil confronto com o Corinthians, que também não cumpre boa campanha, mas possui amplos recursos para reabilitar-se em curto prazo. Parece que a torcida atleticana cansou de tantas humilhações, despertou e promete cobrar eficiência dos dirigentes e dos jogadores.

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