Primeiro as coisas boas: a seleção classificou-se na primeira posição do grupo, fugiu de cruzar com Argentina, Alemanha ou Ingla­­terra antes da final e vai pegar o mediano Chile, segunda-feira; conseguiu poupar Kaká, Ro­­bi­­nho e Elano, que se mostraram imprescindíveis para os planos de conquista da equipe, e ficou claro que todos têm medo dos pentacampeões, pois Portugal jogou o primeiro tempo com no­­ve jogadores atrás e soltou-se apenas na etapa final diante da chocante indigência técnica dos reservas brasileiros.

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Tratemos, agora, das coisas ruins que, infelizmente, não são poucas.

De saída, foi colocada em xe­­que a capacidade de Dunga como técnico, não só pela má disposição tática do time, mas pela constatação de que muitas de suas opções foram equivocadas: Michel Bastos, Gil­­ber­­to Silva, Felipe Melo, Júlio Bap­­tis­­ta e Josué demonstraram re­­­­du­­zidas condições para me­­recer perfilar entre os convocados. Daniel Alves não jo­­gou na­­da ontem, mas tem crédito e pode melhorar em outra oportunidade.

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Como Juan também jogou mal e Luís Fabiano não se en­­controu, sobrou pouco, tanto que a seleção deixou o gramado de Durban sob vaias. Justas vaias.

Júlio César novamente um gigante na meta; Lúcio, o me­­lhor do jogo, por ter anulado Cristiano Ronaldo e tentado suprir as gravíssimas deficiências da meia-cancha; Maicon brilhou pouco, porém sem com­­prometer; Nilmar confirmou que pode ser até titular e Ra­­mi­­res propiciou maior mo­­vimentação ao ataque nos poucos minutos em que participou do péssimo jogo sem gols. Gra­­fite entrou e não tocou na bola.

Carlos Queiroz foi mais com­­petente do que Dunga, pois armou Portugal com cautelas e foi soltando na medida em que percebeu a fragilidade técnica do adversário, aproximando-se do triunfo na etapa complementar.

Nas oitavas, o Brasil jogará com o Chile, um adversário va­­lo­­roso e bem conhecido, entretanto sem credenciais técnicas para assustar.

Basta repetir a atuação compenetrada e melhor coordenada diante da Costa do Marfim para a seleção classificar-se às quartas de final.

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