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As campanhas fracas dos times e a grave crise financeira provocaram exame mais apurado sobre a situação da dupla Atletiba e mexeu com todas as correntes políticas. Os números mostram que as torcidas andam desmotivadas com a performance das equipes e com algumas atitudes dos dirigentes, tanto que, pelos indicativos apresentados pela coluna de Leonardo Mendes Junior, a venda dos pacotes de pay-per-view para a televisão fechada constitui-se em tremendo fracasso.

E não é preciso muito exercício para constatar a generalizada insatisfação dos torcedores, pois muitos afirmam que deixaram de frequentar os estádios e outros tantos desistiram de ser sócios diante do medíocre nível técnico da dupla.

O Coritiba gastou acima das suas possibilidades na formação de times para conquistar títulos e não foi feliz nas contratações. À exceção de Alex, todos os demais jogadores caros para os padrões locais – como Deivid, Lincoln, Botinelli, Martinuccio, Zé Love e outros – não ajudaram no projeto. As mudanças de treinadores também se mostraram desastrosas.

O Atlético desmontou um time que deu certo, depois de anos de elencos pobres, chegando à final da Copa do Brasil e o retorno à Libertadores. E submeteu o torcedor a um time de meninos na reabertura da Arena da Baixada. A consequência natural foi o fracasso no esperado aumento do quadro social e o afastamento de milhares, apesar da beleza e do conforto do novo estádio. Estádio, aliás, que proporcionou tanta controvérsia que diversos atleticanos se perguntam da validade do tal teto retrátil, afinal a vocação do clube é para futebol e não para shows ou lutas livres. Se tem sido difícil encontrar gente capacitada para formar um time que motive o público a adquirir o barato pay-per-view, quem é que vai administrar o departamento de espetáculos e, sobretudo, vender os ingressos caros de cada evento?

Parece ter chegado o momento de uma profunda reflexão na gestão da dupla Atletiba. É o chamado ponto de mutação.

Rodada

O Paraná abre os trabalhos do combalido futebol paranaense recebendo o América-MG com o objetivo de voltar a somar pontos na Vila Capanema. Domingo, no mesmo horário, o Coritiba visitará o Figueirense e o Atlético recepcionará o Flamengo. Naturalmente a torcida coxa-branca está preparada para o pior, pois a trajetória da equipe tem sido lamentável fora de casa, mas os atleticanos estão esfregando as mãos e acreditando em novo triunfo na Arena.

A meu ver, é preciso cautela, tanto no pessimismo que toma conta do Coxa quanto na tênue euforia do Furacão. Esse campeonato tem sido muito equilibrado, com diferenças mínimas e exigido a máxima concentração e dedicação dos jogadores. Devemos levar esses fatores em consideração.

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