Mesmo criticando as atuações do jovem meia Marcos Guilherme, desde a parada na Copa do Mundo, considero perigosas as vaias da torcida ao final do primeiro tempo do jogo com o Figueirense. Óbvio que compreendo a reação do público, que é imediata e direta dependendo do comportamento da equipe. Essa é a matéria-prima do futebol: emoção à flor da pele. E quem não conseguir conviver com ela que mude de profissão.
Porém, no caso específico de Marcos Guilherme, interpreto as vaias como perigosas para o seu futuro no clube, já que se trata de uma das maiores revelações da última safra sub-23. E, ao mesmo tempo, injustas, porque ele não é o único responsável pela sofrível campanha do Atlético. Ele está correndo o risco de ser queimado pelas circunstâncias da má gestão no futebol do clube.
Tomada por fluídos sobrenaturais, a diretoria desmontou um time de sucesso na temporada passada, contratou alguns jogadores estrangeiros medíocres e até o Imperador Adriano para a decepcionante campanha na Libertadores. Ainda trocou quatro vezes de treinador com o campeonato em andamento e não promoveu as reclamadas aquisições pontuais. Erro completo de receita, aviamento, seleção de ingredientes, mistura, sabor e montagem, proporcionando ao fiel torcedor um banquete indigesto na moderna Arena da Baixada.
Contra o Figueirense, o Atlético repetiu durante o primeiro tempo os mesmos erros, só que com uma vibração que, por exemplo, faltou aos jogadores no Atletiba.
Vejam como são as coisas, bastou a marcação do primeiro gol em bela trama para o time readquirir a confiança, colocar a bola no chão e passar a exibir um estilo de jogo que parecia perdido. Eis aí o xis da questão: o atual time possui alguns recursos nada desprezíveis, só que se encontra abalado emocionalmente pelas mudanças havidas no comando e pela excessiva cobrança sobre garotos que deveriam ser lançados em doses homeopáticas desde, é claro, que a base com jogadores experientes tivesse sido mantida.
As vaias estão indo para endereço errado. Poupem Marcos Guilherme, pois o seu talento pode fazer a diferença.
Neymarshow
O Brasil, pentacampeão mundial, caiu do pedestal nos últimos anos e capotou de vez após o humilhante 7 a 1 da Alemanha.
Agora inicia o árduo trabalho da recuperação sob o comando de Dunga, polêmico e eficiente, que teve a sua carreira interrompida na seleção naquela azarada jornada em que a Holanda virou o placar e eliminou o Brasil na Copa de 2010.
Mas são os jogadores as verdadeiras estrelas e ninguém brilhou mais do que Neymar na goleada sobre o Japão marcando todos os gols e por pouco não igualando o recorde do ex-craque Evaristo com cinco gols pela seleção brasileira.
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