Nos últimos meses o que mais se viu nas ruas, nos shoppings e nos parques de Curitiba foram torcedores exibindo, orgulhosamente, a camisa alviverde do Coxa.

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E com toda razão. Afinal, de­­pois de sofrer o choque brutal pelo inesperado rebaixamento em pleno Alto da Glória, naquele fatídico jogo com o Fluminense em 2009, e as graves consequências que, entre outras coisas, obrigaram o time a iniciar a Segundona jogando em Joinville, o Coritiba deu a volta por cima em grande estilo.

Retornou imediatamente à Sé­­rie A como campeão da B, emplacou um bicampeonato estadual invicto, bateu o recorde nacional de vitórias consecutivas e decidiu o título da Copa do Brasil. Mas no Campeonato Brasileiro a equipe tem alternado bons, ótimos e maus momentos. Os bons ficam por conta dos resultados satisfatórios, mesmo sem belas exibições. E os ótimos, claro, foram aqueles em que o time de Marcelo Oliveira trucidou os adversários, jogando muito bem e aplicando goleadas históricas em gente com a estatura de Palmeiras, Vasco ou Botafogo, sem esquecer que há três anos não perde um clássico Atletiba.

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Mas os maus momentos é que estão deixando a calorosa torcida coxa-branca paralisada. Um frio percorre a espinha de cada torcedor porque não se encontrou até agora uma explicação objetiva para o baixo rendimento de diversos jogadores quando atuam longe do Alto da Glória.

A desanimadora apresentação de domingo, contra o Figueirense, serviu para aumentar o grau de preocupação. Afinal, por que o time parou?

Problema tático não existe, já que mesmo quando perde, consegue mostrar um esquema de jogo organizado, da mesma forma que o trauma da perda da Copa do Bra­sil em casa ou um eventual desgaste físico provocado pelo intenso ritmo que imprimiu a todas as partidas no primeiro semestre também não justificam a falta de vitórias como visitante. Diante disso, o que tem faltado mesmo é envergadura técnica para suplantar os adversários.

A diretoria sabe disso, mas nada pode fazer para contratar jogadores de alto nível diante da escassez de recursos financeiros. Claro que a contratação de Everton Costa, naquela disputa com o Atlético, revelou-se frustrante pelo dinheiro investido e pelo retorno até agora mostrado. A ausência de um homem-gol continua sendo reclamada pelo torcedor, apesar de Bill ter marcado os seus golzinhos.

Vejo na ausência de Rafinha e no baixo rendimento de Marcos Aurélio, nos últimos meses, os verdadeiros motivos que têm inibido a produção do time.

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Como ainda teremos muitas rodadas, não se pode aceitar, passivamente, a atuação contemplativa em Florianópolis, exigindo-se mais empenho de todos para su­­perar as limitações e só parar quando todas as chances de alcançar uma vaga na Liber­ta­do­res estiverem matematica­men­te descartadas.