Aconteceu de tudo na primeira final da Copa do Brasil. A começar pela escalação de um árbitro de segunda categoria, que interpretou de forma equivocada diversos lances e deixou de marcar uma penalidade máxima sobre Tcheco no final da partida. Mas o juizinho não teve nada a ver com as inúmeras oportunidades desperdiçadas pelos atacantes do Coritiba durante o primeiro tempo, quando foi amplamente superior ao Palmeiras e não soube construir o placar. O lance do esforçado Junior Urso foi absolutamente bisonho e o castigo veio na bobeada de Jonas ao cometer uma penalidade máxima que resultou no gol do time tecnicamente inferior.
Na etapa complementar, o Coxa retornou sem o mesmo ímpeto e sofreu o segundo gol em falha do zagueiro Pereira. Mesmo com um homem a mais, as coisas não funcionaram mais no plano tático e técnico, sendo que, apenas com o ingresso de Tcheco, as possibilidades da marcação de pelo menos um gol aumentaram. De uma forma geral, a torcida coxa-branca lamenta que o time tenha jogado relativamente bem e perdido. No segundo jogo, as coisas podem ser revertidas, pois o Palmeiras apresenta-se como um time aguerrido e nada mais do que isso. Basta o Coritiba iniciar o jogo com Tcheco e Sérgio Manoel para proporcionar maior estabilidade ao meio de campo, destacando que o adversário não contará com Valdívia e Barcos.
Geraldino
O futebol paranaense ficou um pouco mais pobre em inteligência, conhecimento e refinamento com o falecimento de Geraldo Damasceno, o elegante Geraldino. Pessoa afável e profundo conhecedor de futebol, Geraldino brilhou como jogador da Esportiva, de Jacarezinho, depois Atlético e Ferroviário. Como técnico foi o único tricampeão paranaense com os títulos de 65/66 dirigindo o Ferroviário e 67 no Água Verde. Voltou a tornar-se campeão em 1982, pelo Atlético, coroando carreira exemplar.
Rodada
Dividido entre o campeonato e a disputa do título na Copa do Brasil, o Coritiba terá missão espinhosa diante do São Paulo Pela Série B, com arrecadação e recursos financeiros bem inferiores ao Atlético e tendo de cumprir campanha na Segundona estadual, o Paraná se encontra em melhor posição do que o concorrente.
Sinal claro da competência do técnico Ricardinho e da existência de um planejamento profissional. A única coisa que pode atrapalhar é a volta do drama dos salários atrasados. O Tricolor recebe o Boa como favorito na Vila. Ao contrário, o Atlético emite sinais de desorganização em seu futebol com a queda do diretor da área, terceira troca de treinador em apenas seis meses e um elenco inchado e longe de atender às necessidades do clube.
Nessa combinação de prepotência e amadorismo, a diretoria sente a pressão da torcida e o Furacão tentará pelo menos voltar a marcar gols no jogo em Belo Horizonte.
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