Na última sexta-feira, a maioria dos jogadores da seleção brasileira que joga fora do nosso país desembarcou no aeroporto Afonso Pena. E para frustração daqueles torcedores que sonhavam em tirar fotos, receber um autógrafos dos ídolos, tiveram que se contentar apenas em observá-los, a distância, pois os atletas saíram da aeronave direto para o ônibus da CBF que dali partiu direto para o CT do Caju, aliás, na minha opinião, o mais bem equipado do nosso país.

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Essa estada em Curitiba, além de servir como parâmetro climático, já que se assemelha ao da África do Sul, o selecionado faz também os exames clínicos e físicos para analisar a condição atual de cada atleta. Afinal, a grande maioria atua na Europa e, está em final de temporada, diferentemente daqueles que jogam no Brasil.

A expectativa maior, no entanto, fica por conta de detectar se o treinador Dunga vai ministrar trabalhos técnicos e táticos. Particularmente, não acredito nessa possibilidade, pois Kaká e Luís Fabiano que, em princípio são titulares, apresentaram-se lesionados, não estando em condições clínicas para treinamentos com bola.

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Inclusive, o estado clínico em que se encontra Kaká constituiu-se numa das maiores especulações no sentido de saber quem seria o substituto imediato dele, uma vez que, no grupo, ninguém tem características simulares.

Observo, porém, que o comandante Dunga mantém certa tranquilidade (no que concordo plenamente com ele), porque pode contar com duas opções: a primeira com Júlio Baptista que, além da marcação tem qualidade para aproximar-se do ataque e a outra seria com Robinho como meia de criação. Nesse caso, devido ao deslocamento deste, Nilmar atuaria como o segundo atacante.

Agora, se invadirmos o campo das hipóteses, podemos até imaginar um trabalho com bola, que não passaria de um treinamento do famoso dois toques, mesmo porque faltam ainda os três titulares, Júlio César, Lúcio e Maicon, liberados pela CBF, os quais se sagraram campeões da Liga dos Campões pela Inter. Título que acaba com um jejum de 45 anos, após a conquista do bicampeonato (1965) da equipe italiana.

Por tudo isso, fica a expectativa do embarque da seleção para Brasília, para despedir-se do povo brasileiro, representado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, certamente, será porta-voz desse povo que conta com o hexa, até mesmo para aliviar um pouco essa dor que a segregação econômica e social do Brasil lhe impõe como condição de vida. É isso.

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