Protesto censurado

Um torcedor teve barrada a entrada ontem, no Mané Garrincha, com um cartaz de protesto contra a CBF. A cartolina branca trazia a frase: "7 x 1 não é acidente. A culpa é da CBF". A Fifa veta qualquer tipo de manifestação que considere política nos estádios durante os torneios que organiza. Na Copa das Confederações do ano passado, porém, em diversas arenas foram exibidos cartazes e faixas em alusão aos protestos paralelos à competição.

Crimeia no Maracanã...

Uma saia-justa diplomática deve marcar os bastidores da final da Copa. Presidente da Rússia, sede do próximo Mundial, Vladimir Putín estará presente. Petro Poroschenko, presidente da Ucrânia, confirmou presença na sexta. Os dois países disputam a Crimeia, região de maioria russa no território ucraniano.

... e na sobremesa

Além do Maracanã, os dois chefes de Estado vão se encontrar no almoço oferecido pela presidente Dilma Rousseff, no Palácio da Guanabara, sede do governo do estado do Rio. Um porta-voz do Kremlin admite a possibilidade de Putín e Poroschenko aproveitarem a oportunidade para tratar da questão política.

Tren de la salsa

Dois voos com 200 passageiros cada compõem o trem da alegria argentino para a final da Copa. As aeronaves desembarcaram ontem no Rio, trazendo dirigentes de clubes das diferentes divisões do país.

Todos têm passagem e estadia bancadas pela Associação de Futebol da Argentina (AFA).

A vida é...

Ficou para a última pergunta o melhor momento da entrevista com os artistas do show de encerramento da Copa. Um jornalista de Bangladesh fez uma questão a Shakira (foto) em um inglês ininteligível para a cantora, os tradutores e assessores da Fifa. Foi então que o cantor Wyclef interveio. "Estive há pouco em Bangladesh, entendo como eles falam. Mas fale devagar, homem", disse, arrancando os primeiros risos.

… como três garrafas?

Antes a questão tivesse ficado sem ser entendida. O jornalista citou as três garrafas postas diante de Shakira (do refrigerante, da água e do isotônico oficiais da Copa) e perguntou se aquelas garrafas, diferentes entre si, eram um símbolo da vida. Os artistas se olharam e caíram na gargalhada. "Não sei", disse Shakira, entre risos. E todos se levantaram.

Riff certeiro

O guitarrista Carlos Santana aproveitou para fazer uma crítica social, pedindo ao Brasil atenção com temas mais importantes. "Queria ver um hospital para ajudar mulheres vítimas de violência doméstica e para curar crianças. Queria aumentar o número de escolas. Quem ergue um estádio como o Maracanã teria que construir quatro escolas", disse, aplaudido pelos colegas de mesa – entre eles os brasileiros Alexandre Pires, Ivete Sangalo e Carlinhos Brown.

Colaboraram: Leonardo Bonassoli e Marleth Silva.

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