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Rafinha e Paulo Baier têm uma dívida para pagar no domingo. Ambos são fundamentais para Coritiba e Atlético com estilos totalmente opostos, mas jamais decidiram um Atletiba.

Rafinha é daqueles jogadores que conseguem ser previsíveis e imarcáveis ao mesmo tempo. Quando Rafinha pega a bola, o estádio inteiro sabe que ele vai correr o mais rápido que puder para chegar ao gol adversário ou até entregar a bola para um companheiro mais bem colocado. O que ninguém sabe é: a qual velocidade Rafinha vai correr, qual caminho ele seguirá para chegar ao gol e em que momento ele vai soltar a bola (seja para o passe, seja para o chute). Essa combinação já decidiu inúmeros jogos para o Coritiba, mas nunca um Atletiba.

Ele admitiu, inclusive, ter pedido conselhos a Marcos Aurélio, este sim mortal em Atletibas. Será curioso se o jejum acabar agora, com dicas do ex-companheiro. Marcos Aurélio era a reserva técnica do Coritiba, o jogador que a torcida esperava que decidisse a partida em uma única bola. Hoje, é sobre Rafinha que se deposita essa esperança. Decidir um clássico indicaria que ele está pronto para assumir essa responsabilidade.

Há tempos Paulo Baier sabe o que é lidar com a responsabilidade de comandar um time e decidir jogos. Faz isso no Atlético desde 2009. Já fez no Paranaense, no Brasileiro, na Copa do Brasil. Nunca em Atletibas. Baier só venceu o Coritiba uma vez, no jogo que sacramentou o rebaixamento, ano passado.

Ao contrário de Rafinha, que gosta de correr com a bola colada ao seu pé, Baier passa o menor tempo possível com a bola em seu domínio. Recebe e logo toca para um companheiro – em regra livre, por um buraco mínimo deixado pela defesa adversária que só ele viu. Carrasco até esboçou armar um Atlético que não orbitasse em torno do camisa 10. Conseguiu pelo menos montar um time capaz de vencer jogos sem o armador. Mas não chegou ao ponto de abrir mão dele definitivamente. Para Paulo Baier, também, falta poder bater no peito e dizer: eu decidi um Atletiba. Domingo, veremos se chegou a hora dele. Ou a de Rafinha.

Copa do Brasil

O Paraná foi o clube do estado que se deu melhor com o sorteio da Copa do Brasil. Fazendo a primeira partida contra o Palmeiras em casa, já na semana que vem, terá o tempo necessário de recuperação do jogo com o Ceará sem perder o ritmo nem esfriar o ânimo da torcida, ainda eletrificada pela noite de quarta-feira. São condições suficientes para o Tricolor diminuir a desvantagem técnica para o Palmeiras e conseguir um bom resultado na Vila Capanema, capaz de lhe permitir sonhar com a vaga na Arena Barueri.

Para a dupla Atletiba, o sorteio impõe a pressão de fazer um bom resultado em casa. Pressão maior sobre o Coritiba, que enfrenta o Paysandu, time da Série C.

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