Coritiba e Atlético acabam de sair da 14.ª decisão direta pelo título paranaense e já visualizam outro encontro valendo taça, inédito, pela conquista da Copa do Brasil. O caminho até a final ainda tem mais quatro partidas para cada lado, como já ocorreu outras três vezes. Agora, porém, sonhar com uma decisão paranaense no torneio parece mais factível.
A começar pela capacidade dos adversários. Palmeiras, Grêmio e Bahia, os três times que completam a chave do Atlético, são inferiores aos algozes anteriores do Rubro-Negro, o Corinthians de 2001 e 2009 e o Vasco do ano passado. Do lado coxa-branca, nem mesmo o São Paulo é tão confiável e consistente quanto o Grêmio de 2001 e o Internacional de 2009, que pararam o Coritiba na semifinal.
Mais importante do que o potencial dos adversários são as armas que a dupla Atletiba tem à mão. Após muita oscilação no Estadual e mesmo no início da Copa do Brasil, o Coritiba chega às quartas de final com o time estabilizado. Foi nesta fase que o Coxa aplicou o histórico 6 a 0 sobre o Palmeiras, no ano passado.
Não dá para esperar o mesmo placar contra o Vitória, mas sim a classificação. Aquele Coritiba estava nas nuvens. Este tem os pés bem fincados no chão. Adquiriu uma maturidade técnica que permite ao time reagir bem a situações adversas. Fez isso no duelo de volta com o ASA, nos três Atletibas decisivos do Paranaense (incluo na conta o clássico do returno) e na tensa partida em Belém. Uma consistência que o Vitória ainda não teve na temporada e que é poderosa o bastante para fazer diferença em uma provável semifinal contra o favorito São Paulo.
Do lado do Atlético, a perda do título estadual induz a procurar os erros no trabalho feito até agora, principalmente pela opção de Carrasco por fixar não um time-base, mas uma estrutura de jogo. Houve equívocos (de Manoel como centroavante a Ligüera começar a final no banco, passando pelo sub-aproveitamento de Harrison), mas não motivo para terra arrasada. Essa estrutura funcionou perfeitamente na Copa do Brasil, principalmente fora de Curitiba. Basta lembrar das partidas no Heriberto Hülse (mérito principalmente dos jogadores) e em Sete Lagoas (o melhor Atlético do ano). E serve, perfeitamente, para desbancar um Palmeiras que está no mesmo nível do Cruzeiro, um Grêmio ainda perdido entre a alma castelhana do clube e a alma carioca de Luxemburgo e mesmo o Bahia, dono de um dos melhores "futebóis" do semestre.
Orgulho
A grande cena da final do Paranaense foi Tcheco no fosso do Couto Pereira, passando o troféu para a torcida. Tcheco é desses jogadores cada vez mais raros, identificados com um clube. Tcheco deve se orgulhar de tudo que construiu no futebol. E o Coritiba deve se orgulhar de ter Tcheco na sua história.
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